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O que é a síndrome de Estocolmo?

Compreenda suas origens, como ela se desenvolve e o tratamento psicológico associado.

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O que é a síndrome de Estocolmo?
Créditos: depositphotos.com / Mathier

A Síndrome de Estocolmo é um fenômeno psicológico raro, caracterizado pelo desenvolvimento de sentimentos de simpatia ou até mesmo afeição entre vítimas de sequestro e seus captores. O termo surgiu nos anos 1970 após um assalto a banco na Suécia, quando reféns demonstraram simpatia pelos criminosos que os mantinham cativos. Apesar de sua notoriedade, a condição não é reconhecida oficialmente como um distúrbio psiquiátrico.

O termo foi inicialmente descrito pelo psiquiatra Nils Bejerot, que acompanhou o caso dos funcionários mantidos reféns em um banco sueco em 1973. Durante o período de confinamento, notou-se que as vítimas desenvolveram um vínculo emocional com seus sequestradores, a ponto de se recusarem a testemunhar contra eles posteriormente.

Qual é a origem do termo Síndrome de Estocolmo?

A origem do termo remonta a um incidente em Estocolmo, Suécia, onde quatro funcionários de um banco foram mantidos reféns por seis dias no cofre do banco. O comportamento das vítimas, que incluía defesa dos sequestradores e solicitação ao governo para permitir que saíssem junto com eles, chamou a atenção para um vínculo emocional inesperado.

As explicações para tal fenômeno incluem a resposta psicológica a situações de extremo estresse e o instinto de sobrevivência humano.

Por que algumas vítimas desenvolvem a Síndrome de Estocolmo?

O desenvolvimento da Síndrome de Estocolmo está geralmente associado a circunstâncias onde a vítima é ameaçada diretamente e acredita em uma ameaça iminente à sua vida. Em um cenário de isolamento, onde o refém está fisicamente separado do mundo exterior, pequenos atos de bondade por parte do captor podem ser vistos de forma exacerbada.

Isso leva a uma distorção emocional, onde os reféns podem criar uma imagem positiva de seus sequestradores.

  • Há um contexto de intenso stress psicológico.
  • A vítima é incapaz de ver outra saída além de depender do captor.
  • Sentimentos positivos emergem com o passar do tempo e o contato contínuo.
Pessoa amarrada (Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi)

Como a Síndrome de Estocolmo é encarada na psicologia moderna?

Atualmente, a Síndrome de Estocolmo não é oficialmente reconhecida no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), o que levanta debates sobre sua validade como um diagnóstico mental. Especialistas a associam frequentemente a reações de estresse pós-traumático e reações agudas ao estresse, argumentando que comportamentos observados em situações de sequestro são medidas extremas de sobrevivência.

A mídia frequentemente utiliza a terminologia para descrever eventos de sequestro de alto perfil, mas os profissionais da saúde mental são mais cautelosos ao aplicar o termo de maneira clínica.

Existe tratamento para a Síndrome de Estocolmo?

Apesar de não ser um diagnóstico oficial, as condições que constituem a Síndrome de Estocolmo podem ser tratadas como parte de distúrbios de estresse pós-traumático. O tratamento típico envolve uma combinação de terapia psicológica e medicação psiquiátrica, com o objetivo de ajudar a vítima a lidar com o trauma e reformular suas experiências de maneira saudável.

O acompanhamento psicológico é essencial para recuperar o equilíbrio emocional e desenvolver mecanismos de enfrentamento que possam prevenir sintomas duradouros.

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