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Brasil

Na pandemia, consumo de bens e serviços de saúde cai em 2020 e cresce em 2021

As informações são da Conta-Satélite de Saúde, realizada pelo IBGE em parceria com a Fiocruz, IPEA, ANS e Ministério da Saúde

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(Foto: Reprodução / IBGE)

Em 2021, as despesas relacionadas à saúde no Brasil totalizaram R$ 872,7 bilhões. A quantia equivale a 9,7% do Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país no ano. Em 2020, os gastos com saúde chegaram a R$ 769,0 bilhões, o equivalente a 10,1% do PIB. Em 2019, antes da pandemia, esse percentual havia sido de 9,6% (R$ 711,9 bilhões).

As informações são da Conta-Satélite de Saúde, realizada pelo IBGE em parceria com a Fiocruz, IPEA, ANS e Ministério da Saúde. Tanto em 2020 como em 2021, a maior parcela das despesas com saúde veio das famílias e instituições sem fins de lucro a serviço das famílias (ISFL).

Em 2020, elas foram responsáveis por R$ 449,2 bilhões (5,9% do PIB), enquanto as despesas de consumo do governo responderam por R$ 319,8 bilhões (4,2% do PIB). Já em 2021, os gastos das famílias e instituições sem fins de lucro a serviço das famílias atingiram R$ 509,3 bilhões (5,7% do PIB), e os do governo foram de R$ 363,4 bilhões (4,0% do PIB).

Em 2020, tanto o consumo de bens e serviços de saúde quanto não saúde tiveram retração de 4,4% em volume.  Já em 2021, o consumo de bens e serviços de saúde teve expansão de 10,3%, enquanto o de bens e serviços não saúde aumentou 2,3%.

“A saúde foi mais um setor fortemente afetado pela pandemia de Covid-19. Em 2020, observamos uma queda na quantidade de procedimentos ambulatoriais e hospitalares, como consultas e cirurgias eletivas. No sentido oposto, em 2021 houve um crescimento do consumo de bens e serviços de saúde, o que pode ser parcialmente atribuído ao início da campanha de vacinação contra a Covid-19, ao aumento do consumo de medicamentos e à retomada da realização de consultas, exames e cirurgias eletivas” explica Tassia Holguin, analista da pesquisa.

Em relação ao valor adicionado bruto, ou seja, o quanto a atividade contribuiu para o PIB, o setor saúde caiu 3,9% em 2020, enquanto as demais atividades recuaram 3,1%. Em 2021, o valor adicionado das atividades relacionadas à saúde cresceu 7,4%, e das atividades não saúde, 4,3%.