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Saúde

Hipertensão: por que a pressão ’12 por 8′ deixou de ser a ideal

Descubra por que a pressão '12 por 8', antes considerada ideal, foi reclassificada nas novas diretrizes médicas e entenda os riscos associados à pressão elevada

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Dia Mundial da Hipertensão é celebrado em 17 de maio
Aferição de pressão (Foto: Reprodução)

Médicos de todo o mundo participaram do Congresso Europeu de Cardiologia em Londres, em setembro, onde foram apresentadas importantes atualizações sobre o diagnóstico e o tratamento da hipertensão arterial, condição que afeta milhões de pessoas globalmente.

De acordo com reportagem publicada pela BBC, uma das principais atualizações do encontro foi a reclassificação dos níveis de pressão arterial.

  • Pressão arterial “não elevada”: até 120/70 mmHg
  • Pressão arterial “elevada”: entre 121/70 e 139/89 mmHg
  • Hipertensão: igual ou superior a 140/90 mmHg

O objetivo da nova categoria de “pressão elevada” é incentivar ações preventivas mais cedo, especialmente em indivíduos com maior risco cardiovascular.

Avaliação de Riscos e Opções de Tratamento

As novas diretrizes também introduzem a “estratificação de risco”, que orienta os médicos a avaliarem múltiplos fatores de saúde em pacientes com pressão elevada para prever a probabilidade de futuros eventos cardiovasculares.

Dependendo do risco, que pode variar de 5% a mais de 10% em dez anos, os tratamentos podem incluir mudanças no estilo de vida ou o início de medicação.

Em casos de hipertensão confirmada, a recomendação é iniciar o tratamento com dois medicamentos de classes diferentes para otimizar o controle da pressão e reduzir o risco de complicações cardiovasculares.

Estilo de Vida e Novas Recomendações

As orientações reforçam a importância de mudanças no estilo de vida, como o aumento do consumo de alimentos ricos em potássio e a prática de exercícios de resistência, além das medidas tradicionais, como a redução do consumo de sal, perda de peso e atividades físicas regulares.

Essas intervenções são cruciais para pessoas em estágios iniciais de elevação da pressão arterial, ajudando a prevenir o desenvolvimento da hipertensão.

Diagnóstico e Monitoramento Mais Precisos

Outro destaque é a ênfase no uso de métodos de monitoramento da pressão arterial fora do consultório, como a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e a Medição Residencial da Pressão Arterial (MRPA).

Esses métodos ajudam a evitar diagnósticos incorretos, como a “hipertensão do jaleco branco” e a “hipertensão mascarada”, garantindo um controle mais preciso da condição.

Essas novas diretrizes têm o potencial de melhorar significativamente o controle da hipertensão, contribuindo para a redução de complicações cardiovasculares em escala global.

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