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Saúde

Guia completo: O que são e como identificar alimentos ultraprocessados

Identificando os alimentos ultraprocessados e seus impactos na saúde

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Guia completo: O que são e como identificar alimentos ultraprocessados
Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko

Alimentos ultraprocessados tornaram-se uma presença comum na dieta de muitos indivíduos ao redor do mundo. Segundo estudos, eles estão associados a uma variedade de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares e ansiedade. Mas como é possível identificar esses alimentos e compreender seus impactos?

O Que São Alimentos Ultraprocessados?

Não existe uma definição universal para alimentos ultraprocessados, mas geralmente são aqueles que contêm ingredientes não usuais na culinária caseira. A presença de aditivos como corantes e conservantes os diferenciava de alimentos minimamente processados. Exemplos comuns incluem refrigerantes e salgadinhos, embora certas versões de pães e cereais matinais também possam ser incluídas nesta categoria.

A Diferença Entre Processados e Ultraprocessados

Os alimentos são frequentemente classificados em quatro grupos: não processados e minimamente processados, ingredientes processados, alimentos processados e ultraprocessados. Enquanto um alimento processado pode ser simplesmente uma combinação de alimentos integrais e ingredientes culinários, os ultraprocessados contêm aditivos que alteram características como sabor e textura. Por exemplo, um pão que contém emulsificantes seria considerado ultraprocessado.

Como Identificar Alimentos Ultraprocessados?

Para identificar alimentos ultraprocessados, uma dica é observar se o produto contém mais de cinco ingredientes. Além disso, esses alimentos geralmente são ricos em sal, açúcar e gorduras saturadas. Ingredientes como benzoato de sódio e BHT são indicadores comuns de ultraprocessamento. No Reino Unido, por exemplo, essas informações costumam estar claramente destacadas no rótulo dos produtos.

Créditos: depositphotos.com / Colour

O Consumo Global de Alimentos Ultraprocessados

O consumo de alimentos ultraprocessados é mais prevalente nos Estados Unidos e Reino Unido, onde representam uma grande parte da ingestão calórica diária. Em 2023, eles compunham 58% da dieta de adultos e 66% de crianças nos EUA. Por outro lado, regiões como a Ásia e América do Sul apresentam menor consumo, variando entre 20% a 30% da ingestão calórica.

Os Efeitos na Saúde

A ingestão de alimentos ultraprocessados está ligada ao aumento do risco de doenças crônicas. Um estudo de 2024 no British Medical Journal associou esses alimentos a maior risco de doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes tipo 2. Apesar dessa correlação, não há provas definitivas de que o ultraprocessamento seja a causa direta desses problemas, embora componentes como alto teor de gordura e açúcar sejam conhecidos por contribuir para tais condições.

Debate Sobre os Benefícios e Prejuízos

Embora geralmente considerados prejudiciais, alimentos ultraprocessados podem oferecer alguns benefícios, como acessibilidade financeira e longo prazo de validade, conforme relatório dos cientistas da Universidade Purdue. Porém, a falta de micronutrientes essenciais ainda é uma preocupação persistente. Organizações apontam que alguns ultraprocessados, como cereais integrais, podem ser fontes de nutrientes importantes, embora outros estudos contraditórios sugiram riscos significativos para a saúde.

Medidas de Regulamentação

Vários países adotaram medidas para lidar com a proliferação desses alimentos. O Reino Unido implementou um imposto sobre bebidas açucaradas em 2018, levando fabricantes a reduzir os níveis de açúcar. A Colômbia seguiu com uma taxa sobre alimentos ultraprocessados em 2023. No Chile, a estratégia foi etiquetar produtos ricos em açúcar e gordura, embora as taxas de obesidade infantil continuem sendo uma preocupação.

O cenário de alimentos ultraprocessados levanta preocupações tanto de saúde pública quanto de alimentação acessível, destacando a necessidade de maior conscientização e regulação para proteger a saúde global.

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