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Saúde

Gorilas que se automedicam, uma porta para descobertas medicinais futuras

Conservar essas espécies é crucial para descobertas futuras e para a saúde humana.

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Gorilas que se automedicam, uma porta para descobertas medicinais futuras
Créditos: depositphotos.com / PapaBravo

Pesquisadores no Gabão têm investigado o fascinante hábito dos gorilas-ocidentais-das-terras-baixas, que se automedicam com plantas tropicais. Esse comportamento pode abrir caminho para novas descobertas de medicamentos eficazes em humanos.

Os cientistas concentraram seus estudos em quatro plantas específicas, consumidas tanto por esses gorilas quanto por curandeiros locais. As plantas mostraram ser ricas em antioxidantes e antimicrobianos, com potencial de combate a diversas doenças.

Curiosidade: Gorilas-ocidentais-das-terras-baixas

Menos de 150 mil gorilas-ocidentais-das-terras-baixas sobrevivem na natureza, em florestas densas da África Central e Ocidental. Esses primatas se alimentam de caules, brotos de bambu e frutas, além de plantas medicinais que são alvo de estudos.

Em uma pesquisa recente no Parque Nacional Moukalaba-Doudou, no Gabão, botânicos identificaram quatro árvores de interesse medicinal: a sumaúma (Ceiba pentandra), a nyankama (Myrianthus arboreus), a teca africana (Milicia excelsa) e as figueiras (Ficus).

Qual a Importância das Plantas Medicinais na Alimentação dos Gorilas?

As cascas dessas árvores são tradicionalmente usadas na medicina local para tratar desde problemas estomacais até infertilidade. Estudos laboratoriais revelaram que essas plantas têm substâncias químicas com fortes efeitos medicinais, incluindo fenóis e flavonoides.

  • Ceiba pentandra (sumaúma)
  • Myrianthus arboreus (nyankama)
  • Milicia excelsa (teca africana)
  • Ficus (figueiras)

Descobertas Científicas Promissoras

Os quatro tipos de plantas mostraram atividade antibacteriana contra pelo menos uma cepa multirresistente da bactéria E. coli. A Ceiba pentandra, em particular, destacou-se por sua “atividade notável” contra todas as cepas testadas, indicando um potencial significativo no combate a superbactérias.

Joanna Setchell, antropóloga da Universidade de Durham no Reino Unido, afirma: “Isso sugere que os gorilas evoluíram para consumir plantas que os beneficiam, e destaca as enormes lacunas em nosso conhecimento sobre as florestas tropicais da África Central”.

A pesquisa revela que o Gabão é um dos locais com maior biodiversidade do mundo, abrigando elefantes-da-floresta, chimpanzés e gorilas, além de muitas plantas ainda desconhecidas pela ciência.

O Futuro dos Gorilas-ocidentais-das-terras-baixas e a Conservação

A caça ilegal e doenças têm dizimado as populações de gorilas-ocidentais-das-terras-baixas. Eles estão listados como “criticamente ameaçados” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), uma das principais ONGs ambientais do mundo.

  1. Estudo de plantas medicinais consumidas por gorilas
  2. Identificação e análise laboratorial das plantas
  3. Divulgação dos resultados e implicações medicinais
  4. Conservação das espécies ameaçadas

Com essas descobertas, cientistas esperam não só contribuir para a medicina humana, mas também para a conservação dos gorilas-ocidentais-das-terras-baixas e de seus habitats naturais.

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