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Saúde

Estudo europeu alerta para os perigos do consumo excessivo de sal

Descubra porque você deve reduzir o sal da sua dieta AGORA e viver mais. Cuide-se!

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Estudo europeu alerta para os perigos do consumo excessivo de sal
Créditos: depositphotos.com / miskolin

Tem uma pitada de sal extra no seu prato? Embora pareça inofensivo, esse hábito pode elevar as chances de mortalidade precoce em até 28%, de acordo com uma pesquisa recente publicada no European Heart Journal. Esse estudo envolveu a participação de mais de 500 mil indivíduos.

A Dra. Caroline Reigada, nefrologista e especialista em medicina intensiva, esclarece: “Em uma população geral, aproximadamente três em cada cem pessoas com idades entre 40 e 69 anos falecem precocemente. A pesquisa sugere que esse número pode aumentar para quatro a cada cem devido ao excesso de sal.”

O sal é um dos principais vilões na causa da hipertensão, pois pode estreitar as arteríolas, afetando negativamente os rins e outros órgãos vitais como o coração e o cérebro. Além disso, o sódio promove retenção de líquidos, aumentando a inflamação no organismo.

Estudos Mostram os Riscos do Consumo de Sal

Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um consumo máximo de 5 gramas de sal por dia, o equivalente a 2 gramas de sódio. No entanto, a média de consumo do brasileiro é de 9,34 gramas, quase o dobro do recomendado, conforme dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A Dra. Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), alerta: “O consumo excessivo de sal está associado a doenças crônicas como hipertensão, problemas cardiovasculares e renais, podendo resultar em morte precoce.”

Como Adicionar Sal Impacta na Expectativa de Vida?

O estudo revelou que aqueles que frequentemente adicionam sal à comida têm uma expectativa de vida menor em comparação aos que evitam essa prática. Aos 50 anos, homens e mulheres perdem, em média, de 1,5 a 2,28 anos na expectativa de vida devido ao consumo excessivo de sal.

Adição de sal à mesa é um comportamento comum que está ligado a uma preferência por alimentos salgados. Na dieta ocidental, isso pode representar entre 6-20% do total de sódio consumido, fornecendo uma perspectiva única sobre o impacto do sódio na mortalidade.

Quais Foram as Descobertas do Estudo do UK Biobank?

O estudo do UK Biobank, que analisou dados de 501.379 pessoas entre 2006 e 2010, pediu aos participantes que relatassem seus hábitos de adição de sal usando um questionário. Aqueles que não quiseram participar dessa parte não foram incluídos na análise.

Os cientistas ajustaram os dados para fatores como idade, sexo, etnia, privação de sono, IMC, tabagismo, consumo de álcool, atividade física, dieta e outras condições médicas como diabetes e doenças cardíacas. Eles seguiram os participantes por um período médio de nove anos, definindo a morte prematura como ocorrida antes dos 75 anos.

Os riscos foram ligeiramente menores para aqueles que consumiam grandes quantidades de frutas e vegetais, embora esses resultados não tenham sido estatisticamente significativos. Frutas e vegetais são ricos em potássio, que tem efeitos protetores.

O que Fazer para Reduzir o Consumo de Sal?

A Dra. Caroline sugere que a ingestão de sódio é difícil de controlar devido ao sódio presente em alimentos processados e pré-preparados. “Preparar refeições em casa permite um melhor controle sobre a quantidade de sal utilizada,” afirma.

Para reduzir a adição de sal, a médica recomenda o uso de temperos naturais como alho, cebola, salsinha, cebolinha, coentro e limão, em vez de sal. Evitar alimentos altamente processados e ajustar o paladar para menos sal e açúcar também são estratégias importantes.

Adotar essas medidas pode ajudar a reduzir a pressão arterial média da população, resultando em menos casos de hipertensão e suas complicações graves, como a insuficiência renal, conclui a Dr. Caroline.

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