Entenda a importância da Vitamina D e os riscos da suplementação sem orientação médica

A vitamina D é um componente crucial para o funcionamento saudável do corpo. É responsável por uma série de funções essenciais, como a absorção de nutrientes importantes para a saúde óssea, bem como a regulação do sistema imunológico e do metabolismo.

Recentemente, a suplementação de vitamina D tornou-se um tema amplamente discutido. Muitas pessoas iniciaram o uso de suplementos sem a devida orientação profissional. Essa prática pode ser perigosa e trazer sérias consequências para a saúde.

As funções da vitamina D no organismo

Vitamina ou hormônio? A vitamina D, em sua forma ativa conhecida como calcitriol, é agora reconhecida como um hormônio devido à sua conversão no fígado e rins. Essa transformação é fundamental para sua atuação no corpo humano.

De acordo com a endocrinologista Lanna Gomes, sócia da Vilaví Clinic, “A vitamina D é fundamental para a regulação do metabolismo do cálcio e do fósforo, cruciais para a formação de ossos e dentes saudáveis. Ela também modula o sistema imunológico, influencia a função muscular e regula a secreção de insulina, desempenhando um papel na prevenção de doenças crônicas”.

Por que a vitamina D é essencial?

A atuação da vitamina D vai além do fortalecimento ósseo. “O calcitriol age em vários tecidos do corpo, regulando a expressão gênica e influenciando múltiplas funções fisiológicas”, afirma Lanna Gomes. Dentre essas funções, a endocrinologista salienta também a relação entre a vitamina D e o metabolismo energético.

“Embora ainda seja objeto de pesquisas, existem evidências de que níveis adequados de vitamina D possam influenciar a queima de gordura e a modulação dos hormônios relacionados à fome e saciedade, como a leptina”, complementa a especialista.

Quem deve suplementar vitamina D?

A suplementação de vitamina D é recomendada para alguns grupos específicos que apresentam maior risco de deficiência, tais como:

• Idosos
• Pessoas com pouca exposição ao sol
• Indivíduos com pele mais escura
• Pessoas obesas
• Gestantes
• Pacientes com doenças que afetam a absorção de nutrientes, como a doença celíaca

No entanto, mesmo nesses casos, a suplementação deve ser acompanhada de perto por um profissional de saúde.

Quais são os perigos da automedicação com vitamina D?

Nos últimos anos, houve um aumento no consumo de vitamina D sem orientação médica. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) revelou que 79% dos brasileiros acima de 16 anos admitem o consumo de medicamentos sem prescrição médica. Essa prática pode levar a condições graves, como a hipervitaminose D.

A hipervitaminose D caracteriza-se por níveis elevados de cálcio no sangue, levando a sintomas como náuseas, vômitos, fraqueza e, em casos mais graves, danos renais e calcificação dos tecidos moles. “A suplementação sem orientação médica pode levar à hipervitaminose D, causando hipercalcemia”, explica a endocrinologista Lanna Gomes.

Como garantir uma suplementação segura de vitamina D?

Para evitar complicações, é fundamental que a suplementação de vitamina D seja baseada em exames laboratoriais e uma avaliação clínica individualizada. “Cada paciente possui necessidades específicas e a dosagem de vitamina D deve ser ajustada de acordo com essas necessidades”, afirma Lanna.

Em resumo, enquanto a vitamina D é essencial para diversas funções corporais, a suplementação deve ser realizada com cuidado e sob orientação médica para evitar riscos à saúde. Portanto, antes de buscar suplementos, consulte um profissional de saúde para uma avaliação segura e personalizada.