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Rio

Centro de Estudos do Hospital Icaraí realiza na sexta Sessão Clínica

Evento aborda a importância do diagnóstico e tratamento precoce da sepse.

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Hospital Icaraí
Hospital Icaraí (Foto: Reprodução)

No próximo dia 6 de outubro, a partir das 7h30, o Hospital Icaraí, em Niterói, na Região Metropolitana, promove Sessão Clínica em seu Centro de Estudos com palestra “Sepse em adultos”, a ser realizada pelo Dr. Rafael Mônaco, médico de rotina da UTI do Hospital Icaraí. Na ocasião, o médico irá abordar a importância do protocolo de sepse aplicado no hospital, alertar para a mortalidade da doença, que é muito elevada, e a importância de seu diagnóstico precoce para o tratamento adequado do paciente.

“A sepse é uma resposta sistêmica a uma doença infecciosa, uma disfunção orgânica que pode ser causada por diversos agentes, como bactérias, vírus e fungos, e que pode estar em diferentes estágios clínicos do mesmo processo. Então, é importantíssimo que o médico e todas as especialidades estejam atentas para fazer o pronto reconhecimento e o tratamento precoce”, explica Rafael Mônaco, cardiologista intensivista responsável pela rotina da UTI do Hospital Icaraí.

O médico explica que, devido à sua altíssima incidência e letalidade, a sepse é uma doença que vem, ao longo dos anos, tendo uma grande importância dentro das instituições, lembrando que os pacientes mais suscetíveis a uma POSSIBILIDADE de má evolução são os imunossuprimidos, idosos, doentes crônicos, entre outros pacientes hospitalizados.

“Os pacientes que usam MUITOS antibióticos, por exemplo, também representam um público de risco, pois esses medicamentos muitas vezes acabam por tornar as bactérias multirresistentes. Então, o nosso controle de infecção hospitalar já nos possibilita eleger o antibiótico específico para cada tipo de infecção de acordo com o perfil microbiológico de cada setor do hospital, o que é um grande diferencial no tratamento da sepse dentro da nossa instituição”, alerta o médico.

Estudos mostram que a sepse é a maior causa de mortalidade nas unidades de terapia intensiva não cardiológicas sendo que de 30% a 40% dos leitos no país estão ocupados com pacientes com sepse ou choque séptico.

“Por se tratar de uma doença com altas taxas de mortalidade, o custo de tratamento de um paciente é muito alto. Então é fundamental ter o conhecimento e tratamento precoce da doença, cujo foco infeccioso tem relação direta com a gravidade do processo”, esclarece.

Entre as principais infecções que causam a doença, o médico cita: pneumonia, infecções urinárias, infecção intra -abdominal, infecções relacionadas ao uso de cateter, sondas, acessos venosos, meningite, endocardite etc.

“Precisamos lembrar que os pacientes que sobrevivem à sepse também podem apresentar complicações e, muitas vezes, ficam totalmente dependentes de cuidados, o que também aumenta sua mortalidade ao longo do tempo”, informa.

O especialista reitera que é importante identificar o paciente de sepse precocemente antes que a doença evolua para uma disfunção orgânica e que, nessa fase, as intervenções médicas fazem muita diferença.

“É preciso que o paciente tome o antibiótico mais adequado em até uma hora e, de preferência, guiado de acordo com o nosso perfil microbiológico institucional. O nosso protocolo gerenciado é aplicado em todos os setores do hospital, desde a unidade de emergência até as UTIs e as enfermarias. Nossos marcadores têm demonstrado que, a cada ano, a mortalidade na unidade em relação à doença tem decaído em virtude de nosso protocolo de sepse com controle adequado e tratamento precoce”, finaliza.

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