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Brasil

Carlos Gadelha alerta sobre os riscos da comercialização de plasma no Brasil

30% dos hemoderivados ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são resultado do fracionamento do plasma doado no país

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(Foto: Rodrigo Nunes/Min. Saúde)

De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Carlos Gadelha, a eventual permissão legal para comercialização de plasma no Brasil seria um retrocesso.

A possibilidade está em discussão em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no Congresso Nacional. Segundo ele, a Organização Mundial da Saúde (OMS) rejeita a ideia em debate no Legislativo brasileiro.

“Foi uma conquista do Brasil ter proibido a comercialização de sangue na nossa Constituição. Antigamente, tínhamos uma situação onde os brasileiros precisavam vender o próprio sangue para poder ter um prato de comida”, afirma ele. Ainda de acordo com Gadelha, a mudança na lei seria desnecessária no momento em que o Brasil vem reduzindo a dependência de outros países por hemoderivados por meio da Hemobrás, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia.

Atualmente, 30% dos hemoderivados ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são resultado do fracionamento do plasma doado no país e a previsão é que, a partir de 2025, com a conclusão da sua planta, a Hemobras passe a produzir e processar 80%.