Saúde
Anitta e Kim Kardashian usam, mas será que funciona? Anvisa libera novas regras para o plasma rico em plaquetas
Anvisa Atualiza Normas para Produção e Uso de Plasma Rico em Plaquetas (PRP)
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) lançou novas diretrizes para regulamentar a produção e o uso de plasma rico em plaquetas (PRP). Com essas orientações, a agência busca assegurar que os estabelecimentos de saúde sigam as boas práticas de fabricação, garantindo a segurança e a qualidade do PRP.
O plasma rico em plaquetas não é amplamente reconhecido por muitos conselhos de classe, exceto pelo Conselho Federal de Odontologia e o Conselho Federal de Enfermagem. Esses conselhos permitem o uso do PRP em casos específicos, como harmonizações orofaciais e tratamentos estéticos de rejuvenescimento da pele e do cabelo.
Quais São as Novas Diretrizes da Anvisa para PRP?
A Anvisa incluiu o PRP em sua Agenda Regulatória 2024-2025, destacando a necessidade de regulamentar as boas práticas de produtos do sangue para finalidades não transfusionais. Essas novas regras visam garantir a segurança dos pacientes e assegurar a qualidade dos produtos oferecidos.
Os produtos derivados do sangue, como o PRP, exigem cautela no uso para evitar a transmissão de doenças infecciosas, como HIV e hepatites. A Anvisa recomenda que todos os eventos adversos relacionados ao PRP sejam reportados imediatamente.
PRP é Realmente Seguro?
Segundo a Anvisa, quando o PRP não é aprovado pelos conselhos de classe, deve ser usado apenas em pesquisas clínicas experimentais. A produção e manipulação do PRP devem ocorrer em estabelecimentos regulamentados com licenciamento sanitário válido. Qualquer forma de publicidade ou comercialização fora do contexto de pesquisa é proibida.
Famosos que Usam PRP
Celebridades, como Anitta, Luciana Gimenez, Kim Kardashian e Angelina Jolie, são conhecidas por adotar tratamentos estéticos com PRP. Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), esse método é considerado seguro e eficaz para rejuvenescimento da pele e cabelos.
- Anitta
- Luciana Gimenez
- Kim Kardashian
- Angelina Jolie
O procedimento, muitas vezes chamado de “lifting de vampiro”, envolve retirar sangue do paciente, processá-lo em uma centrífuga para isolar as plaquetas, e então injetar o plasma no rosto com agulhas finas, utilizando anestesia tópica para minimizar a dor.
O Que Dizem os Especialistas sobre o PRP?
O dermatologista Alan Ost comentou em entrevista ao GLOBO que o PRP tem eficácia comprovada em vários estudos nacionais e internacionais. No entanto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) só permite o uso do PRP para fins experimentais, sem reconhecimento oficial para uso geral.
Alan Ost afirma que, apesar de a eficácia do PRP ser bem documentada em consultórios médicos especializados, não há evidências robustas que sustentem sua eficácia quando utilizado topicamente em cremes e loções. Ele ressalta, no entanto, que esses usos tópicos não são prejudiciais.
A Anvisa aconselha os pacientes a verificarem sempre a qualificação dos profissionais e procurar serviços de saúde licenciados para evitar riscos. O uso de PRP em estabelecimentos não regulamentados pode resultar em graves complicações à saúde.
Com as novas diretrizes, a Anvisa pretende assegurar que os tratamentos com PRP sejam realizados de maneira segura e eficaz, protegendo a saúde dos pacientes e garantindo a excelência dos serviços prestados.