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Saúde

5 dicas para reduzir o consumo de carne

Veja como a alimentação vegetal pode beneficiar a saúde das pessoas e do planeta

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Em 20 de março é celebrado o “MeatOut Day“, ou Dia Mundial Sem Carne, que tem como proposta abrir uma reflexão e promover o debate sobre os prejuízos ambientais e sociais da indústria da carne, o bem-estar animal e a adoção de hábitos mais saudáveis e sustentáveis.

O movimento surgiu na década de 1980, nos Estados Unidos, e hoje tem adeptos em vários países, inclusive no Brasil. Muitos seguem o veganismo ou vegetarianismo, mas a data também serve como um estímulo para que outras pessoas experimentem, por um dia, uma alimentação sem carne e se interessem mais pelos benefícios dessa prática para a saúde.

“Embora a carne seja uma fonte de proteínas e nutrientes, contém grande quantidade de gordura saturada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação é ingerir até 500 gramas de carne vermelha por semana, devido às evidências de que doenças cardíacas, diabetes e alguns tipos de câncer, como o de intestino, podem ter uma relação direta com o consumo excessivo do alimento”, explica o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, nutrólogo, Fellow da The Obesity Society – TOS (USA), presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e docente da pós-graduação CNNUTRO.

Conforme o médico, reduzir o consumo de carne vermelha no dia a dia pode trazer vantagens para a saúde. “Mas, em qualquer dieta saudável, o segredo é o equilíbrio entre todos os grupos alimentares”, lembra. Por isso, abaixo, ele explica como reduzir a ingestão de carne de maneira saudável. Confira!

1. Benefícios para a saúde ao reduzir ou evitar o consumo de carne

Dietas com maior quantidade de frutas, verduras e legumes podem contribuir para a redução da pressão arterial, melhorar os níveis de colesterol e a saúde cardiovascular, além de diminuir as chances de desenvolver alguns tipos de câncer (especialmente de cólon e reto).

Também podem reduzir os riscos de diabetes tipo 2, promover a saúde intestinal e ajudar no controle do peso. O consumo exagerado de carnes processadas pode desencadear um processo inflamatório no organismo, enquanto os vegetais, frutas e legumes possuem compostos antioxidantes que favorecem um menor nível de inflamação.

Lentilha em vasilha de cerâmica em cima de mesa de madeira com grãos de lentilha espalhados
As leguminosas são fontes vegetais de proteínas (Imagem: SMarina | Shutterstock)

2. Alimentos podem substituir a carne vermelha

As fontes de proteína vegetal, como as leguminosas – feijões, lentilha, grão-de-bico, ervilha, soja e seus derivados –, possuem fibras, minerais, aminoácidos essenciais, vitaminas e aumentam a saciedade. Além do valor nutricional, seu cultivo tem um impacto ambiental positivo, pois auxilia na fixação de nitrogênio no solo, reduzindo a necessidade de fertilizantes químicos. Os ovos também são uma opção para aqueles que ainda consomem algum tipo de proteína animal.

3. Plant-based é uma alternativa

As “carnes” produzidas a partir de plantas e os laticínios de origem vegetal, como leite de aveia e de amêndoas, são desenvolvidos para reproduzir sabor, aroma e textura, semelhantes aos alimentos de origem animal, e são ambientalmente sustentáveis. Porém, é sempre importante checar a rotulagem, verificando o valor nutricional e a lista de ingredientes, para identificar possíveis conservantes ou outros aditivos químicos.

4. Posso parar de comer carne de repente

Se a opção for excluir a carne da dieta, essa mudança deve ser gradual e incluir diversas fontes de minerais e vitaminas, como o ovo e as leguminosas. O objetivo deve ser manter uma alimentação equilibrada, que forneça um aporte proteico adequado. A orientação de um profissional é essencial nesse processo.

5. Evitando a deficiência de nutrientes

Ao excluir a carne da alimentação, é importante monitorar os níveis de ferro e vitamina B12, pois a deficiência desses nutrientes pode levar a problemas de saúde, como anemia, exigindo, em alguns casos, suplementação. Por isso, o acompanhamento de um profissional é essencial.

Por Edna Vairoletti

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