Capital Fluminense
UBER quer instalar ponto no aeroporto do Galeão e revolta taxistas
Diante dessa realidade, o presidente da Aerocoop, Ricardo Telles, irá pedir a intervenção do Ministério Público para que ele interceda nessa operaçãoA descoberta por parte de cooperativas de táxis de que a plataforma de aplicativo UBER, vai instalar neste sábado (16) um ponto físico próximo ao ponto de táxi localizado no desembarque do aeroporto do Galeão/Tom Jobim, na Ilha do Governador, gerou revolta nos cerca dos 800 taxistas que trabalham no bolsão de táxis do aeroporto. Diante dessa realidade, o presidente da Aerocoop, Ricardo Telles, irá pedir a intervenção do Ministério Público para que ele interceda nessa operação que irá afetar diretamente 800 famílias.
Ricardo Telles também já está convocando para a próxima segunda-feira (18), às 18h, no bolsão de táxis do aeroporto do Galeão, uma manifestação da categoria para protestar contra a tentativa da Uber. São aguardados cerca de 1.200 taxistas de diversas cooperativas da cidade.
“Se ficarmos calados diante dessa afronta contra a categoria, em breve essa empresa estará atuando fisicamente em todos os aeroportos e rodoviárias do Rio de Janeiro e de outros estados. Não podemos admitir que uma empresa que se utiliza de capital estrangeiro que ninguém sabe como consegue entrar no país, acabe por massacrar uma categoria regulamentada“, iniciou.
“Se o Rio de Janeiro ainda não conseguiu regulamentar o carro de aplicativo dentro do que determina a lei, para manter seus profissionais fora das garras nocivas e predatórias dessa empresa de aplicativo, não temos nada com isso. Que fique claro que não temos nada contra os profissionais que trabalham na UBER, que tem o único objetivo de acabar com os taxistas; por isso vamos lançar mão de nossa principal arma: nossa união” – disse.
Ricardo lembra ainda que parece que a administração do aeroporto e a empresa UBER, não estão conseguindo enxergar o impacto que isso trará para os profissionais que possuem contrato e que lá trabalham diariamente levando o sustento de suas famílias. Vale lembrar que cada cooperativa paga mensalmente cerca de R$ 35 mil para a administração do aeroporto para trabalhar no local com carros novos, documentação em dia e estado de conservação excelente, uma das principais exigências das cooperativas para que eles atuem no local.