Rio
Trenzinho do Museu da Vida Fiocruz está de volta
O novo modelo da locomotiva é sustentável, tem teto panorâmico e é mais apropriado para circular dentro do campus de ManguinhosO sino do trenzinho, símbolo do Museu da Vida Fiocruz, voltou a soar no campus da instituição em Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O novo modelo da locomotiva é sustentável, por ser elétrico, e adequado para circular em espaços como o núcleo arquitetônico histórico da Fiocruz, onde há edificações tombadas.
Presente desde o surgimento do Museu da Vida Fiocruz, há 25 anos, o Trenzinho da Ciência, em sua nova versão, tem teto panorâmico e é mais apropriado para circular dentro do campus de Manguinhos, onde há edificações do início do século passado, por não emitir gases poluentes.
Atualmente em fase de testes, o Trenzinho da Ciência volta a fazer viagens regulares, abertas ao público, a partir de 30 de novembro.
Para substituir o trenzinho anterior, movido a diesel, menor e já no fim de sua vida útil, a instituição saiu em busca de uma versão com características específicas, encontrada do outro lado do Atlântico, fabricada em Portugal.
“Foi uma operação de imenso porte para que fosse possível realizar o nosso grande desejo de ter o trenzinho de volta. Temos muito orgulho de voltar com o nosso símbolo de uma forma sustentável, sem agredir o meio ambiente, acompanhando o compromisso da Fiocruz com as questões ambientais”, destaca a chefe do Museu da Vida Fiocruz, Ana Carolina Gonzalez.
História do trenzinho
Foi dentro de um trem que Oswaldo Cruz (1872-1917) conheceu Luiz Moraes Júnior (1868-1955), no início do século passado. No percurso para o trabalho, os dois seguiam a mesma direção. O cientista descia em Manguinhos, mas o arquiteto português seguia até a Penha, onde era responsável pelas obras de restauração da fachada da igreja mais famosa do bairro. Surgiu daí o convite para que Moraes Júnior projetasse o Pavilhão Mourisco, edifício que virou símbolo da instituição, hoje conhecido como Castelo da Fiocruz.