Rio
‘Total ausência de sentimento, teor de superioridade e tom ameaçador’, afirma Leniel Borel sobre áudios de Monique Medeiros
Pai do menino Henry Borel comentou as mensagens vazadas da ex-esposa, nas quais ela deseja que morte dele por infarto ou câncer
O engenheiro Leniel Borel de Almeida, pai do menino Henry Borel, respondeu aos áudios que vazaram da professora Monique Medeiros, ex-companheira dele e acusada de envolvimento na morte do próprio filho, nos quais é atacado e ameaçado. De acordo com Leniel, o conteúdo das mensagens comprovariam a personalidade perigosa de Monique, além de demonstrarem que ela em liberdade representa um risco para a segurança dele e das testemunhas do caso.
“Novamente ouvimos áudios que demonstram a personalidade da Monique: total ausência de sentimento, teor de superioridade e tom ameaçador. A Monique solta é prejudicial para o processo, prova disso é que ela responde por coações de testemunhas. Ouvimos nessas mensagens como a Monique é manipuladora e não busca a verdade real. É por essas e outras que pedimos a prisão dela”, declarou Leniel.
Monique Medeiros voltou a ser presa na manhã da última quinta-feira (06), na casa da própria mãe, localizada no bairro de Bangu, também na Zona Oeste. O retorno dela para cadeia foi uma determinação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um recurso apresentado por Leniel Borel contra uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que permitiu a soltura da professora em agosto do ano passado.
“Esses áudios demonstram a assertividade da decisão do ministro Gilmar Mendes em determinar a volta da Monique para prisão. Uma pessoa, uma mãe, uma genitora que deveria estar buscando a verdade real, mas que está só preocupada com si e em se auto defender. Volto a dizer que Monique solta era um perigo para a sociedade, para o processo, para as testemunhas”, afirmou o engenheiro.
Após ser presa na casa da mãe, Monique Medeiros incialmente foi conduzida para a 16ª Delegacia de Polícia (DP) da Barra da Tijuca, onde prestou depoimento durante boa parte do dia. Depois, ela foi encaminhada para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, onde passou por uma audiência de custódia, na tarde desta sexta-feira (07), que manteve a prisão. Com isso, a professora será transferida para o Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da cidade.
‘Tinha que morrer, infartar, ter um câncer’, afirma Monique sobre Leniel
A reportagem da Super Rádio Tupi teve acesso aos áudios vazados da professora Monique Medeiros. Nas mensagens, que teriam sido enviadas por ela para uma amiga em outubro do ano passado, a mãe de Henry acusa o ex-companheiro de ter “ódio puro no coração” e deseja a morte dele.
“Amiga, que homem desgraçado, cara, olha, meu Deus, se eu encontro com ele na rua, não sei o que faço não, juro. Gosto nem de pensar. Ele é pior do que o MP (Ministério Público) porque ele só quer vingança. Esse homem, minha filha, é ódio puro no coração dele. Tinha que morrer, infartar, ter um câncer”, disparou Monique.
Já em outros áudios, Monique demonstra que tinha uma vida normal fora da cadeia. Em um deles, ela chega a xingar as pessoas da academia que frequentava.
“Amiga, me matriculei em uma academia feia de bairro. Só tem gente feia, p*** que p****. Mas está bom, pelo menos eu treino, é vazia”, comentou.
Ré por homicídio, tortura e coação
Monique Medeiros é acusada da morte de Henry Borel, ocorrida em 08 de março de 2021, juntamente com o então namorado, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho. No dia, Henry estava no apartamento onde a mãe morava com o padrasto, na Barra da Tijuca, e foi levado por eles para o hospital, onde já chegou sem vida. Exames de necropsia mostraram que o garoto tinha 23 lesões no corpo e que morreu por ação contundente e laceração hepática.
Ao todo, Monique Medeiros irá responder no Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima; tortura e coação no curso do processo. Já Jairinho será julgado por homicídio qualificado com emprego de crueldade e de impossibilidade de defesa da vítima; além de tortura e coação. A data do julgamento, no entanto, segue sem definição.