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Rio

Tonelada de ferro furtado da Supervia é encontrada em loja de artigos religiosos

Apreensão do material foi feita por agentes da Polícia Civil nesta segunda-feira (20)

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Tonelada de ferro furtado da Supervia é encontrada em loja de artigos religiosos (Reprodução)
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Tonelada de ferro furtado da Supervia é encontrada em loja de artigos religiosos (Reprodução)

Agentes da Polícia Civil apreenderam na manhã desta segunda-feira (20), cerca de uma tonelada de ferro para fixação de trilhos da Supervia. De acordo com a corporação, o material foi furtado da malha ferroviária e encontrado pelos policiais civis dentro de uma loja de artigos religiosos.

A operação da Policia Civil aconteceu depois de uma denúncia anônima, que ajudou os agentes a chegarem até o estabelecimento, em Madureira, Zona Norte do Rio. Um profissional da corporação se passou por um comprador interessado em adquirir uma parte do material.

Na ação, quatro funcionários da loja foram levados para delegacia da região para prestar esclarecimentos.

Por meio de nota, a Supervia respondeu que considera importante essa força-tarefa criada por vários órgãos para reduzir a criminalidade no sistema ferroviário e, por consequência, melhorar o serviço dos trens à população fluminense. As ações dessa força-tarefa já vêm apresentando bons resultados, como coibição de furtos, apreensão de materiais/peças ferroviárias, prisões de criminosos, combate à evasão de renda (quando pessoas tentam invadir estações sem pagar passagem), entre outras melhorias.

Veja a nota completa na íntegra:

“Importante lembrar que os agentes da SuperVia não têm poder de polícia. Por isso, essa força-tarefa é de grande relevância para que o serviço dos trens retome sua qualidade ao nível desejado, com viagens mais rápidas e agradáveis, menos interrupções, mais lugares ofertados, mais segurança aos clientes, aos colaboradores e à operação.

Outro destaque é que a SuperVia está aprimorando a área de segurança, ampliando ações de inteligência e iniciando um convênio por meio do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis) com atuação de policiais nas estações para aumentar a percepção de segurança. Esses policiais têm como função apoiar os agentes de controle para coibir furtos e roubos a estações e passageiros, e evasão de renda, que é quando as pessoas pulam muros/grades do sistema ferroviário ou utilizam buracos para não pagar passagens, colocando em risco suas vidas e a segurança dos trens. Agora a SuperVia também já tem um representante seu no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Polícia Militar, visando maior integração das instituições.

Números:

De janeiro até 12/setembro, houve 374 furtos de cabos de energia e de sinalização no sistema ferroviário, totalizando mais de 22 mil metros de cabos retirados indevidamente do sistema. Os cabos são fundamentais para levar energia a estações e outras locações da ferrovia, bem como permitir que a sinalização da ferrovia aconteça de forma automática. Sem cabo de sinalização, por exemplo, trens precisam aguardar ordem de circulação; a comunicação entre maquinistas e o Centro de Controle de Operacional (CCO) da SuperVia passa a ser feita manualmente, ou seja, por meio de rádio; o espaço entre as viagens precisa ser aumentado; entre outras medidas, sempre adotadas por medida de segurança, valor inegociável para a SuperVia.

De janeiro até 12/setembro, também foram registrados 26 furtos de grampos de fixação, que somam 3.652 peças retiradas da via. A peça é fundamental para a operação, pois serve para fixar os trilhos aos dormentes. A sua retirada pode deixar a linha férrea vulnerável e colocar a circulação dos trens em risco.

Esse tipo de ação precisa ser enquadrado como crime previsto no artigo 260 do Código Penal, que dispõe sobre a conduta de causar transtornos ou riscos de desastre à operação ferroviária e prevê pena de reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

Desde o início do ano, já foi gasto mais de R$ 1 milhão com recuperação do sistema de sinalização devido a esses crimes. Os casos são comunicados às autoridades competentes e registrados na Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).”

 

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