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Testemunhas do caso Santiago Andrade são ouvidas no TJRJ

Cinegrafista foi atingido por um rojão na cabeça enquanto cobria uma manifestação no Centro da Capital Fluminense , em 2014

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Santiago Andrade
Testemunhas do caso Santiago Andrade são ouvidas no TJRJ (Foto: Divulgação)

As testemunhas de acusação do caso do cinegrafista Santiago Andrade, seguem sendo ouvidas pelo júri popular no 3º Tribunal do Júri, no Centro do Rio, nesta terça-feira (12). Caio Silva e Fábio Raposo são acusados de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe e crime de explosão.

A dupla lançou um rojão que atingiu a cabeça de Santiago, enquanto ele cobria uma manifestação no Centro da Capital Fluminense , em 2014.

A esposa da vítima, Arlita Andrade que acompanha o julgamento, pede justiça.

“Eu sou gostaria que eles pagassem pelo o que fizeram porque eles já vinham com o rojão dentro da mochila. Então, eles já estavam com alguma intenção. Estavam com intenção de fazer algum mal. Que fosse ferir, que fosse machucar. Eles estavam com uma intenção que não foi boa. Tanto não foi que meu marido não está entre a gente”, disparou a esposa.

Vanessa Andrade, filha de Santiago, também falou com a imprensa sobre o caso. “É um sofrimento que nenhuma família devia passar. Pra mim eles são dois assassinos. Estamos há dez anos numa prisão solitária, cansativa. É uma dor que ninguém consegue imaginar. Somos eu e minha mãe seguindo um caminho que a gente fica pensando todos os dias na seguinte frase: Quando que a justiça será feita?”, diz a filha.

O delegado Mauricio Luciano, que foi responsável pela investigação da morte do cinegrafista Santiago Andrade, falou por cerca de duas horas, na tarde desta terça-feira (12), no 3º Tribunal do Júri, no Centro do Rio. Ele deu detalhes sobre as investigações.

Maurício comentou que os acusados Caio Silva e Fábio Raposo sabiam do poder de destruição do artefato. O delegado afirmou ainda que imagens obtidas pela polícia mostram o momento em que os réus ascenderam o explosivo.

“Teve uma imagem da RedeTV que mostrava o momento em que o Caio e o Fábio acendiam um objeto que no chão, aceso, ele foi em direção ao jornalista”, explicou.

Vale ressaltar, que se condenados, Caio Silva e Fábio Raposo podem receber uma pena de até 30 anos de prisão. A expectativa é que sejam ouvidas 18 testemunhas, entre acusação e defesa.