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STF anula condenação do ex-presidente da Alerj Paulo Melo
Operação Cadeia Velha desvendou um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de JaneiroO ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, votou nesta quinta-feira (17) contra a anulação da condenação do ex-presidente da Alerj Paulo Melo no processo da Operação Cadeia Velha, da Lava Jato no Rio. Com isso, o placar ficou 3 a 2 pela anulação da sentença condenatória.
Deflagrada em novembro de 2017, a Operação Cadeia Velha desvendou um esquema de corrupção na Alerj. De acordo com as investigações, deputados recebiam propina de empresas de ônibus em troca da aprovação de leis de interesse do setor. Além de Paulo Melo, também foram presos os então deputados estaduais Jorge Picciani e Edson Albertassi.
Em março de 2019, a 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região condenou Paulo Melo a 12 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e organização criminosa.
No mesmo processo, o ex-deputado estadual Edson Albertassi pegou 13 anos e 4 meses de cadeia. E o também ex-presidente da Alerj Jorge Picciani foi condenado a 21 anos de prisão. Ele morreu em maio do ano passado, durante tratamento de câncer na bexiga.
O recurso de Paulo Melo está sendo julgado no plenário virtual da 2ª Turma do STF. Todos os cinco ministros da turma já votaram. A sessão do plenário começou no último dia 11 e terminará na noite da próxima sexta-feira (18). Até lá, os ministros podem mudar o voto.
Os advogados do ex-deputado estadual alegaram que a condenação dele deve ser anulada porque três testemunhas de acusação (Jonas Lopes, ex-presidente do TCE-RJ; Ricardo Pernambuco, da Carioca Engenharia; e Carlos Miranda, apontado como o “homem da mala” do ex-governador Sérgio Cabral) foram ouvidas depois dos depoimentos das testemunhas de defesa.