Simpatia É Quase Amor arrasta multidão pelas ruas de Ipanema

Em 2023, o Simpatia é Quase Amor, um dos blocos mais queridos e tradicionais do Rio, vai homenagear o saudoso Aldir Blanc, padrinho do Bloco que faleceu por conta da Covid-19, em 2020. Neste sábado (19), o desfile lotou as ruas de Ipanema, na Zona Sul do RIo.

“Vamos celebrar a Democracia e o amor pelo Rio de Janeiro. Se Aldir estivesse aqui, estaríamos juntos cantando e vivenciando esse novo momento da cultura em nosso país”, registra Dodô Brandão, diretor do Simpatia.

O samba deste ano, “Aldir, mestre-sala da esperança” (letra abaixo) foi composto por Tomaz Miranda, Marceu Vieira, João Pimentel, Leandro Fregonesi, Eduardo Medrado, Guilherme Sá e Mestre Penha.

História

Criado em 1984, durante o movimento de retomada do Carnaval de rua no Rio de Janeiro, o Simpatia É Quase Amor desfilou pela primeira vez, em Ipanema, em 1985, reunindo 300 pessoas. Ele nasceu apadrinhado com a benção de dois ícones sagrados do carnaval carioca: Albino Pinheiro, saudoso fundador da Banda de Ipanema, e Dona Zica da Mangueira, baluarte da escola de samba e mulher do compositor Cartola. Seu nome é inspirado no personagem Esmeraldo Simpatia é Quase Amor – carioca da melhor estirpe, criado pelo genial escritor e compositor Aldir Blanc em seu livro Rua dos Artistas e Seus Arredores. O bloco é, também, identificado pela originalidade de suas cores, amarelo e lilás, únicas entre as agremiações do carnaval carioca.

SAMBA SIMPATIA 2023

Aldir, mestre-sala da esperança

Caía a tarde no mar de Ipanema
O pôr do sol era um poema… me lembrou você
Aldir, do Estácio e de Vila Isabel
Inspiração que hoje mora
Num botequim no mata-borrão do céu
Aldir, foi você quem me batizou (ô ô ô)

Amigo é pra essas coisas
Simpatia É Quase Amor

Rio, tira as flechas do peito do teu padroeiro
É fevereiro, deixa a tristeza pra lá
Só pegar no cavaquinho, violão e tamborim
Vou no ronco da cuíca, nosso samba não tem fim
Viva a democracia, a vontade popular!
Foi-se a noite, veio o dia… Simpatia vai passar

Da Esperança é o mestre-sala
Da Guanabara, dragão do mar
Aldir, é Quase Amor o Simpatia
E ao som da bateria… O show tem que continuar

Autores:
Tomaz miranda
Marceu Vieira
João Pimentel
Leandro Fregonesi
Eduardo Medrado
Guilherme Sá
Mestre Penha