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Será possível mergulhar na Lagoa Rodrigo de Freitas?

Especialista explica melhoria na qualidade da água de um dos cartões postais do Rio.

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Lagoa Rodrigo de Freitas
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Lagoa Rodrigo de Freitas (Foto: Thalyson Martins / Super Rádio Tupi)

Após anos de poluição, a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, começa a mostrar sinais de melhora na qualidade da água. Nos últimos dez anos, e especialmente nos últimos cinco, houve uma redução da presença de esgoto, segundo a prefeitura. Não houve registros de mortandade de peixes desde 2019 e a água em alguns pontos tem se tornado cristalina, atraindo praticantes de pesca submarina. Esta é uma ótima notícia, já que a Lagoa Rodrigo de Freitas é um dos cartões postais da cidade, atrai muitos turistas e, com isso, acaba abrindo a possibilidade de se mergulhar na lagoa no futuro.

Segundo o engenheiro civil-hidráulico Miguel Fernandez, a melhora da qualidade da água da Lagoa Rodrigo de Freitas vem sendo uma percepção da população que vê a melhoria da transparência dessa água. Mas é fundamental que se entenda que esse corpo hídrico está classificado para recriação indireta. “Isso significa que você pode usá-lo como espelho de água, para navegação, atividades onde não tem o contato direto de banho. Então as análises que são realizadas pela Prefeitura não são para indicativo de balneabilidade, por isso que ele não entra em nenhum boletim”, explica.

Engenheiro civil-hidráulico Miguel Fernandez
Engenheiro civil-hidráulico Miguel Fernandez (Foto: Divulgação)

Miguel diz que o ideal é que a população ainda não utilize esse corpo hídrico, apesar dessa melhora da transparência, para esse fim. “Por diversos motivos, um porque não está liberado para isso e não está analisado para isso, mas também porque ainda existem alguns riscos atrelados a condições históricas da Lagoa Rodrigo de Freitas, como por exemplo, a questão do fundo da Lagoa, com uma caracterização de lodo no fundo. Então tem que ter muita tranquilidade para o uso dessa água conforme o avanço da melhoria da qualidade”, alerta.

Mas e no futuro? Será possível mergulhar na lagoa? Miguel responde: “a expectativa é que, quem sabe, num futuro próximo. A capacidade de recuperação dos corpos hídricos é sempre surpreendente, positivamente, quando se para de poluir. Então por que não? Após a liberação, será preciso acompanhar a balneabilidade dela. E assim ela vai passar a ser um espaço de banho para a população do Rio de Janeiro”.