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Rio

Secretário de Ordem Pública diz que setor de Inteligência já monitorava Feira de Acari

Credenciamento para os ambulantes lícitos já tem sido feito

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Brenno Carnevale
Brenno Carnevale, secretário de Ordem Pública do Rio (Foto: Reprodução)

O secretário Municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, conversou com Clóvis Monteiro nesta quarta-feira (24) sobre o decreto que proíbe a Feira do Acari, concedido pelo prefeito Eduardo Paes na terça-feira (23).

Brenno Carnevale comentou que a secretária dele já vinha acompanhando a Feira de Acari de perto. ”Temos um setor de inteligência aqui na Secretária de Ordem Pública que faz uma preparação para as ações de operações que a gente implementa. A Feira de Acari já vinha sendo monitorada, inclusive, nós documentamos as informações que coletamos dando conta de vendas de produtos roubados, como eletrodomésticos, vestuários ainda com etiqueta de loja sendo vendida por um terço do preço. Além dessas mercadorias, estavam sendo vendidos animais silvestres, medicamentos controlados, alimentos perecíveis sem o local adequado para o armazenamento. A cobrança indevida pelo uso do espaço público também está nos documentos. Através desse relatório de inteligência, compartilhado com as Forças de Investigação, estamos planejando desenvolver esse freio de arrumação naquela região, fundamental para combater roubo de carga.”

Os feirantes honestos que trabalham de forma correta vão ser monitorados pela equipe da prefeitura. ”O trabalho de mapeamento da cidade já está sendo feito. Primeiramente, a ocupação onde acontece a Feira do Acari é ilegal, independentemente do produto que se venda, atrapalha o fluxo de pedestre, questão de ordem pública também. Agora, evidente, que o foco da nossa atuação é contribuir com a segurança, combatendo a receptação de mercadoria roubada, sendo recorde essa ação no Rio de Janeiro. Com o diagnóstico da nossa operação realizado no terreno, temos condições de avaliar quem vendia produtos lícitos, podendo essas pessoas serem cadastradas para uma avaliação posterior da prefeitura para que elas possam trabalhar, não necessariamente naquela região”.

”O trabalho de planejamento estratégico, citando como exemplo o Calçadão de Campo Grande e Calçadão de Santa Cruz, que conseguimos intervir e só o ambulante autorizado possa montar a sua estrutura. Com essa ação, teve um aumento de venda para o lojista formal e para o ambulante legalizado na faixa de 30%. Precisamos trabalhar de forma sustentável, não adianta ficar fazendo operação, são importante sim, porém temos que resolver o problema. Agora temos documentos de inteligência mostrando a degradação do espaço de Acari, uma promiscuidade daquelas relações. Olharemos de indivíduo por indivíduo, olhar para as pessoas que precisam. Mas, no momento, é de freio de arrumação para moralizar a situação que estava crítica”.

A Feira de Acari faz parte de diversas músicas, sendo assim, uma parte da cultura do Rio. Para o secretário, a cultura não tem o sentido de saber ou não se é legal ou ilegal o que faz parte da cultura carioca. ”A cultura não passa por um crivo de legalidade. A gente que está na gestão pública, somos obediente a legislação e a gente trabalha muito para que a legislação seja cumprida. A critica é natural, estamos sempre atento as criticas, o que estamos sacando é um problema muito específico, concreto, no qual a população, não só carioca, mas fluminense vêm sendo refém ao longo do tempo que é a violência urbana, que atrapalha o desenvolvimento de emprego, de renda, economia. Importante uma conscientização nesse sentido, independe dos gostos musicais da nossa cultura”.

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