Capital Fluminense
Secretário de administração penitenciário do Rio é preso em ação da PF
Investigações apontam a existência de negociações entre a cúpula da secretaria e lideranças de facção criminosa atuante no tráfico internacional de drogas
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Raphael Montenegro, secretário de administração penitenciaria (Foto: Reprodução)
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira (17), três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão contra agentes que trabalham na Secretaria de Administração Penitenciaria do Rio (Seap). Ao todo, 40 policiais federais participaram da ação.
A operação ocorreu após a PF e o Ministério Público constataram a existência de negociações entre a cúpula da Secretaria e lideranças de facção criminosa atuante no tráfico internacional de drogas. O secretário de administração penitenciaria, Raphael Montenegro, foi preso durante a ação.
Ainda segundo informações da Polícia Federal, a facilitação de entrada de pessoas e itens proibidos, estão entre as denúncias comprovadas, além de soltura irregular de criminoso de alta periculosidade. Os agentes públicos também se comprometeram e realizaram diversas diligências para viabilizar o retorno de criminosos custodiados na Penitenciária Federal de Catanduvas, Paraná, para o estado do Rio de Janeiro.
A investigação aponta ainda que os desvios cometidos pelos investigados foram praticados em troca de influência sobre os locais de domínio destes traficantes e outras vantagens ilícitas. Durante a operação desta terça, cerca de R$ 250 mil em espécie foram apreendidos, sendo R$ 150 mil em moeda nacional e, aproximadamente, R$ 100 mil em moedas estrangeiras. Também foram apreendidos celulares, mídias diversas e documentos acerca do esquema.
Além de Raphael, os outros dois servidores ligados a Seap presos foram o superintendente operacional Wellington Nunes da Silva e o coordenador Sandro Faria Gimenes. Todos os três estão em prisão temporária, que tem prazo inicial de cinco dias.
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