Rio
Secretaria de Meio Ambiente impõe prejuízos de R$ 375 milhões em crimes ambientais
Desde janeiro foram mais de 70 operações coordenadas pela Defesa Ambiental municipal. Campo Grande e Guaratiba lideram o ranking, com 47% das açõesDesde o começo deste ano, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente já realizou 70 operações para coibir crimes ambientais pela cidade do Rio de Janeiro. As ações impuseram prejuízos que somam R$ 374 milhões.
As operações foram organizadas pela Coordenadoria de Defesa Ambiental e resultaram na demolição de 144 estruturas comerciais e residenciais exploradas por grupos criminosos. Os bairros de Campo Grande, Guaratiba e Vargens lideram o ranking das ações de demolição, com 47% delas. Em relação ao ano passado, houve aumento de mais de 2.700% no número de estruturas demolidas.
“Nossa mensagem, desde o início da gestão é: não invistam seus recursos em imóveis em áreas de preservação ambiental. Vamos prosseguir com as operações, sempre em conjunto com a Polícia Militar e o Ministério Público Estadual”, contou o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere.
A gestão atual trouxe a novidade do uso de drones e de helicóptero para mapear as irregularidades. No último dia 23 de setembro, um megacondomínio foi desmantelado a apenas 100 metros do Parque Estadual da Pedra Branca, em um terreno de 135 mil metros quadrados, o equivalente a 16 campos de futebol. Milicianos lucrariam com mais de R$ 47 milhões somente com esse empreendimento.
Nos últimos três anos (de janeiro de 2017 a janeiro de 2020), a falta de rigor nas fiscalizações permitiu que 497 hectares de áreas verdes – equivalente a duas vezes a área da Urca – fossem afetados pelo desmatamento irregular feito por criminosos, que usavam os terrenos para construírem loteamentos milionários.
A Secretaria tem como meta consolidar os 3.400 hectares de reflorestamento, conquistados nos últimos 35 anos, e avançar com plantios em mais 1.206 hectares até 2030.