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Rodoviários decidem se haverá greve ou não a partir desta terça

Proposta inicial feita pelos empresários foi a de suspender a paralisação por 70 dias; mas o Ministério Público achou o prazo longo demais e sugeriu que a categoria aguardasse até a próxima segunda

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Ônibus da linha 928
(Foto: Reprodução)
Ônibus da linha 928

(Foto: Reprodução)

O Sindicato dos Rodoviários informou que não houve acordo durante audiência realizada nesta segunda-feira (28), pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), entre representantes das empresas de ônibus para discutir o dissídio dos trabalhadores referentes aos anos de 2020/2021 e 2021/2022, julgado improcedente pelos desembargadores do Tribunal Região do Trabalho (TRT), na semana passada.

Segundo o presidente do Sindicato, Sebastião José, a proposta inicial feita pelos empresários foi a de suspender a paralisação por setenta dias; mas o Ministério Público achou o prazo longo demais e sugeriu que a categoria aguardasse até a próxima segunda-feira. ”

“Como já era esperado, os empresários não ofereceram nenhuma proposta para reajustar os salários e demais benefícios. Diante disso, iremos submeter o apelo feito pelo MPT aos trabalhadores durante a assembleia geral que faremos nesta segunda (28), às 20h, na sede social do sindicato, na Estrada do Otaviano, nº 440, em Rocha Miranda, Zona Norte do Rio. A greve já está decretada; mas quem decidirá o início da paralisação será a categoria. Os trabalhadores não irão mais aceitar qualquer tipo de promessa dos empresários de ônibus”, explicou.

Sebastião lembrou ainda que os trabalhadores estão há mais de três anos sem nenhum reajuste, seja de salário, tickets ou cesta básica; e durante todos esse tempo o sindicato enfrentou os empresários por melhorias, mas a intransigência e a falta de sensibilidade por parte deles falou mais alto e, com isso, quem acaba pagando a conta além dos motoristas são os usuários, que já convivem com a precariedade dos ônibus.

Ele afirmou também que em todos esses anos como sindicalista jamais presenciou um quadro tão tenebroso no transporte público como agora.

O Rio Ônibus disse que diante do comunicado do Sindicato dos Rodoviários, o consórcio alerta para o risco de agravamento da crise no setor. “Os diálogos entre consórcios operadores e representantes da classe são constantes, tendo sido justificada a impossibilidade de reajustes salariais no momento, com base em diversos motivos já conhecidos pela sociedade, dentre os quais, as tarifas congeladas há quase três anos e as sucessivas altas do diesel. O setor aguarda resultados de soluções propostas à Prefeitura do Rio e, enquanto isso, pede aos rodoviários que continuem trabalhando. para que a população não seja prejudicada”, diz a nota.

Outro sindicato que informou que faria greve nesta segunda (28), foi o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio, os garis. Segundo o sindicato, houve uma Assembleia após a audiência com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que terminou por volta de 12h30.

Os grevistas informaram que irão se reunir diariamente, às 14h, na porta da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, para decidir os rumos do movimento.

Ainda de acordo com a categoria, 30% do efetivo de garis será mantido por ser considerado um serviço essencial.

Procurada pela equipe de jornalismo da Super Rádio Tupi, a Prefeitura informou que não foi comunicada oficialmente.

Na próxima quinta-feira (31), uma nova audiência de negociação, de forma presencial, está marcada. Enquanto durar a greve, a multa para o sindicato é de R$ 200 mil por dia.

Em nota, a Comlurb lamentou “a decisão precipitada do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio em decretar a greve dos garis a partir desta segunda-feira”.