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Rodoviários: Assaltos e agressões estão afastando motoristas da função

“Infelizmente isso não ocorre só na cidade do Rio de Janeiro”, dispara Sebastião José, presidente do Sindicato dos Rodoviários

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Ônibus no Rio de Janeiro
Rodoviários: Assaltos e agressões estão afastando motoristas da função (Foto: Divulgação)

Mais uma vez a violência no transporte público vira manchete nos veículos de comunicação. O ataque a bomba sofrido contra um ônibus da linha 771 na Av. Brasil, em Costa Barros, e que teve o coletivo invadido por criminosos, deixou marcas profundas não só os passageiros, mas também no motorista, que teve uma pistola apontada para sua cabeça.

“Infelizmente isso não ocorre só na cidade do Rio de Janeiro. Toda a região metropolitana sofre com a falta de segurança. É importante ressaltar que os rodoviários são os que ficam mais expostos a esse tipo de violência que não é de hoje. Há muito tempo que a bandidagem usa o transporte público, principalmente os ônibus e a população, como escudo. É preciso que haja uma resposta urgente das autoridades. Ninguém suporta mais tanta violência”, disse Sebastião José,  presidente do Sindicato dos Rodoviários.

Segundo o presidente, motoristas não suportam mais a insegurança que atinge a categoria quase que diariamente. Já não bastasse o elevado número de assaltos nos coletivos, agora eles sofrem com os sequestros dos ônibus por marginais para serem usados como barricadas nas comunidades que margeiam principalmente a Av. Brasil. O resultado disso é o número de profissionais que procuram a direção do Sindicato dos Rodoviários para comunicar agressões por parte de assaltantes aos passageiros e motoristas, o que vem ocasionando o afastamento desses profissionais de suas funções. Ele ressaltou ainda que infelizmente a violência se tornou uma rotina no meio do transporte urbano de passageiros aqui no Rio de Janeiro, fazendo com que os profissionais peçam a direção das empresas para trocarem de linhas e até realizarem acordos para serem demitidos.

“A violência está descontrolada na cidade, mas para nossa maior surpresa o sequestro de ônibus para ser usado como barricada e para transporte de pessoas de uma comunidade para outra está virando uma rotina sem que nada seja feito pelas autoridades. Muitos rodoviários não suportam a pressão e procuram o departamento jurídico do sindicato para intermediar um acordo para sairem da empresa; a situação está ficando sem controle”,  disse angustiado.

Sebastião destacou ainda que já existe no sindicato projeto para a contratação de um psicólogo para atendimentos aos profissionais da categoria, serviço esse que é prestado obrigatoriamente pelas empresas.

“Para nós, somente a colocação de câmeras nos ônibus não é suficiente para coibir os assaltos dentro dos veículos. É preciso que haja uma  atuação maior das forças de segurança, principalmente com blitzs diárias para tentar reduzir esse tipo de delito”, garantiu.

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