Capital Fluminense
Rodoviária do Rio recebe campanha de conscientização sobre importunação sexual
Ação faz parte da campanha Agosto LilásNa manhã desta quinta-feira (17), o Detro-RJ e a Secretaria de Estado da Mulher realizaram mais uma ação da campanha “Não dê carona ao assédio”. Fiscais, representantes da Ouvidoria da Mulher e integrantes da Secretaria da Mulher comparecem ao embarque da Rodoviária do Rio, esclarecendo passageiros e motoristas que importunação sexual no transporte rodoviário intermunicipal é crime e informando os canais de denúncia.
A ação faz parte da campanha Agosto Lilás, de enfrentamento à violência contra a mulher.
“Estamos aqui pra orientar as pessoas sobre a importância da denúncia, esse tipo de crime acontece muito no transporte intermunicipal, quando a mulher está passando pra encontrar o seu lugar no ônibus, infelizmente acontece de uma pessoa importunar, ela precisa saber o que fazer e como fazer, por isso estamos aqui hoje”, ressaltou Karina Continentino Porto, Ouvidora do Detro-RJ.
A lei que tornou crime a importunação sexual completa cinco anos em setembro de 2023. De 2018 para cá, os registros só cresceram. Em 2022, foram 27.530 casos, um aumento de 37% comparando com o ano anterior, como mostrou o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Segundo dados da Abrati, Associação Brasileira de Empresas de Transporte Terrestre de passageiros, esse tipo de problema ocorre mais em ônibus urbanos e transporte público. Os indices no setor rodoviário regular é muito pequeno, não chega nem a 1%.
Isso ocorre pois o assediador não consegue descer e fugir de um ônibus rodoviário e ao receberem o relato de assédio durante a viagem os motoristas param imediatamente no posto da PRF mais próximo e além disso as empresas rodoviárias treinam seus motoristas para lidar com essa situação no interior dos veículos e identificar casos tomando as providências durante a viagem procedendo como acima descrito.
“97% das mulheres do Rio de Janeiro já passaram por alguma situação dessa, é algo terrível, mas que ela precisa e deve denunciar, não podemos deixar esse tipo de coisa acontecer”, ressaltou a Delegada e Superintendente de Enfrentamento à Violência Contra Mulher, Tatiana Queiroz.
A melhor forma de fazer a denúncia é através do 190 da polícia militar, ou em uma Delegacia, além disso existe o aplicativo Rede Mulher que pode ser baixado gratuitamente.