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Rio ganha mais duas usinas para transformar lixo em energia limpa

Energia gerada é menos poluidora do que térmicas movidas a carvão, óleo e gás natural

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Foto: Eduardo Carvalho/Gás Verde

Transformar lixo em energia e combustível. Essa será a função das duas usinas da Gás Verde S.A inauguradas nesta quinta-feira, no estado do Rio de Janeiro. As unidades estão situadas nos aterros sanitários de Seropédica, na Região Metropolitana, e em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.

Segundo a Gás Verde S.A, o biogás é mais puro do que o gás natural proveniente do petróleo. Depois de refinado, ele é comercializado como combustível para veículos e indústrias. Já o gás extraído do lixo alimenta a usina térmica da empresa, já interligada ao sistema energético.

Em Seropédica, o biogás é adquirido da Ciclus, empresa que administra o aterro sanitário local, considerado o maior da América Latina, com cerca de 10 mil toneladas de lixo diárias recebidas dos municípios do Rio de Janeiro. A usina tem capacidade de produzir 200 mil metros cúbicos diários, volume capaz de encher o tanque de 13 mil veículos. A perspectiva é que, quando estiver em plena operação, a unidade produza 73 milhões de metros cúbicos de gás natural renovável (GNR) por ano.

Na usina de Nova Iguaçu, o biogás que vem do aterro administrado pela Foxx Haztec é comprado pela Gás Verde e usado para alimentar a sua térmica. A usina utiliza 9,5 mil metros cúbicos de biogás por hora para a produção de 150 mil megawatts-hora (MWh) de energia por ano, volume capaz de atender ao consumo de 70 mil residências.

De acordo com a Gás Verde, S.A, por se tratar de uma fonte renovável, a energia gerada é menos poluidora do que térmicas movidas a carvão, óleo e gás natural. Com isso, contribui para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, além de propiciar ganhos financeiros adicionais para os aterros sanitários.