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Rio é palco da terceira reunião de grupo de investimento de países do G20

Coordenado pelos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e das Relações Exteriores, o evento foi realizado entre os dias 27 e 28 de junho no Centro de Convenções da Bolsa do Rio

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Foto: Divulgação / G20

A Cidade Maravilhosa foi sede da 3ª reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Comércio e Investimentos do G20.  Coordenado pelos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e das Relações Exteriores (MRE), o evento foi realizado entre os dias 27 e 28 de junho no Centro de Convenções da Bolsa do Rio, no Centro do Rio, e reuniu 49 delegações, entre países membros, países convidados e organizações internacionais.

A relação do comércio com o desenvolvimento sustentável é um dos temas prioritários definidos pelo Brasil para as discussões do GT, mas também o que está gerando mais desafios para um consenso entre as maiores potências econômicas do mundo. O debate culminará com uma declaração ministerial elaborada entre os 21 membros do G20 (19 países mais União Africana e União Europeia) que será apresentada durante a Cúpula de Líderes em novembro.

Foto: Divulgação / G20

“Os desafios enfrentados pelo comércio internacional afetam desproporcionalmente os países em desenvolvimento. O G20, sob a presidência rotativa do Brasil este ano, é uma alavanca a favor do fortalecimento da cooperação entre as principais economias do mundo com foco no desenvolvimento sustentável e na redução das desigualdades, bem como na reforma das instituições multilaterais”, destacou Lucas Padilha, Secretário Municipal da Casa Civil e Presidente do Comitê Rio G20, que esteve presente no evento. “O Rio e a comunidade empresarial da cidade estão de braços abertos e prontos para construirmos o futuro juntos, impulsionado pela inovação e sustentabilidade, seja ela social, ambiental e econômica”, complementou. 

Além de comércio e desenvolvimento sustentável, o Brasil selecionou outras três pautas estratégicas para as discussões do Grupo de Trabalho: a ampliação da participação das mulheres no comércio internacional; o desenvolvimento sustentável em acordos de investimento; e a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) no contexto da governança econômica global.

“Os quatro temas são importantes, mas entendemos que o mais desafiador seja a questão do comércio e desenvolvimento sustentável. Nesse ponto, a presidência brasileira apresentou uma proposta ambiciosa de princípios que deveriam orientar essa relação”, afirmou Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e uma das coordenadoras do GT. Segundo ela, o primeiro rascunho dessa proposta apresentado pela presidência brasileira no G20 foi bem recebido. “Evidentemente, não havia expectativa de que fosse base de um consenso, mas a boa notícia é que os países membros do G20 concordaram em trabalhar com a proposta brasileira, sugerir a partir da proposta brasileira edições e adições para que possamos buscar convergência, que é o nosso objetivo”, complementou.

Prazeres disse também que o Brasil reconhece a legitimidade de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável, está comprometido com o combate ao desmatamento, mas ao mesmo tempo reconhece que o comércio internacional tem um potencial muito importante também para contribuir para o desenvolvimento sustentável, uma vez que inclui as três dimensões: ambiental, social e econômica. “Essas agendas precisam ser vistas de forma coerente, complementar e há um potencial grande de que comércio e desenvolvimento sustentável se apoiem mutuamente”.

O governo brasileiro acompanha com muita preocupação o regulamento da União Europeia sobre produtos livres de desmatamento. O regulamento é conhecido, mas a regulamentação dele ainda está em curso e há várias dúvidas a respeito de como a aplicação dessa regra se dará na prática, sendo interpretada como uma potencial barreira comercial, em especial para o bloco sul-americano. “O Brasil entende que está na hora de discutir esse tema e ver até aonde conseguimos amalgamar posições dos vários países do G20”, afirmou o embaixador Fernando Pimentel, diretor do Departamento de Política Comercial do Ministério das Relações Exteriores (MRE), também coordenador do GT.

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