Região Metropolitana
São Gonçalo faz ação para alertar sobre hepatites virais
Município realiza testes e estimula vacinação contra as doenças
O mês de julho é marcado na área da saúde pela campanha contra as hepatites virais. Por esse motivo, o município de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, disponibilizou testes rápidos, que detectam a doença, em todas as unidades básicas. Esses exames podem ser realizados das 8h às 16h e o resultado sai em 20 minutos.
Para marcar a campanha do chamado Julho Amarelo, as equipes do Programa Ist/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo realizarão uma ação na Praça Luiz Palmier, no Centro, no dia 28, das 10h às 15h. Nesta data é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.
“A campanha Julho Amarelo serve para corroborar a vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. As hepatites a e b têm prevenção através da vacina. A primeira, ainda quando criança. A segunda, em três doses, para os adultos. A hepatite c tem tratamento e tem cura. Os testes rápidos na rede de saúde são gratuitos e detectam essas hepatites com apenas um furinho no dedo. Nesse período, incentivamos ainda mais a realização dos testes e da vacinação contra a doença”, disse Monique Gonzalez, coordenadora do Programa Ist/Aids e Hepatites Virais.
O teste rápido, no entanto, é apenas uma triagem para as hepatites virais. Se o teste der positivo para a doença, a pessoa é encaminhada para a realização de um exame mais aprofundado da carga viral para detectar se o paciente só teve contato com o vírus ou se está infectado.
O resultado desse teste para a hepatite c sai em duas horas e da hepatite b, em sete dias. “A principal fonte de contaminação das hepatites virais b e c é através do sexo desprotegido. Por isso, é muito importante o uso do preservativo e o não compartilhamento de objetos perfurocortantes”, afirmou Monique.
Após a confirmação da contaminação, a pessoa tem o tratamento com hepatologista garantido na cidade, assim como a medicação. Esse tratamento é realizado na Policlínica Gonçalense de Referência para Doenças Crônicas e Transmissíveis, na Parada 40, e no Posto de Atendimento Médico (PAM) Alcântara. A medicação pode ser retirada na policlínica ou no Polo Sanitário Hélio Cruz, também em Alcântara.
“O acompanhamento com o hepatologista sempre existiu no município. Mas o hepatologista só confirmava o caso e encaminhava para o Antônio Pedro (Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói). Desde agosto de 2021, o hepatologista acompanha o caso e trata aqui. A gente só encaminha para o Antônio Pedro, os casos de cirrose. O tratamento da hepatite c dura três meses. E a hepatite b, quando cronificada, não tem cura e o paciente tem que tomar a medicação de uso contínuo”, explicou Monique.
As hepatites virais b e c afetam diretamente o fígado, que fica inflamado. Se não tratadas, elas podem evoluir para cirrose, câncer e necessidade de transplante do órgão com possibilidade de chegar ao óbito. Por isso, a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce.
Em São Gonçalo, foram confirmados em 2021, 44 casos de hepatite B nos 22.015 testes realizados e outros 65 casos de hepatite C nos 21.515 testes. Até abril deste ano, foram diagnosticados 27 casos de hepatite b em 16.509 testes e outros 48 casos do tipo c em 15.244 testes. A vacina está disponível em todas as unidades básicas de saúde e os testes só não são feitos nas unidades de Neves 1 e Colubandê 2.