Meio ambiente
Baleia é retirada de gruta após encalhar em Búzios
Baleia jubarte foi encontrada já morta nos costões rochosos da Praia de Caravelas
A baleia jubarte que foi encontrada encalhada já morta em uma gruta na última quinta-feira (20), na Praia de Caravelas, em Búzios, na Região dos Lagos, foi retirada por equipes da Defesa Civil e guarda-vidas, além da Secretaria de Ambiente e Urbanismo.
O animal com cerca de 15 a 18 metros de extensão, e mais ou menos 40 toneladas, foi avaliado por biólogos da secretaria, foi removido da gruta e levado para alto mar. Nesta época do ano, as baleias saem do Hemisfério Sul, onde se alimentam durante todo o ano e migram para Abrolhos, na Bahia, para se reproduzirem. Além de Búzios, outras cidades da Região dos Lagos ficam na rota percorrida pelos animais.
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De acordo com censo áureo, feito pelo Projeto Baleia Jubarte, de uma ONG que trabalha para a preservação da espécie. Em 2022, houve recorde no número de migração de baleias jubarte: 25 mil baleias estiveram no litoral brasileiro.
Devido estar preso em uma caverna/gruta, a operação foi delicada e arriscada, teve que esperar a maré alta para rebocá-la. As medidas cabíveis neste caso foi o isolamento da área, e a proibição temporária de pelo menos um dia de banho na praia.
De acordo com os protocolos técnicos nesses casos, a possibilidade mais utilizada é levar o animal para o alto mar, para que a carcaça venha ser empurrada pela maré, e tenha o destino natural. Neste procedimento mais de 90% das carcaças afundam seguindo seu curso natural, sendo o fundo do mar e entrando dentro da cadeia alimentar. Quando não há essa possibilidade, é feito uma cova à beira mar, o que não foi necessário neste caso.
A equipe percorreu uma faixa que vai da divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará até o litoral norte de São Paulo. Pela estimativa do projeto, 25 mil baleias estiveram na costa brasileira. É o maior número já registrado desde que a contagem começou a ser realizada, há 21 anos.
O secretário da Pasta, Evanildo Nascimento, acompanhou todo o processo de desencalhe e reboque do mamífero para alto mar. A operação contou com a participação de cinco (05) técnicos da Secretaria do Ambiente e Urbanismo, seis (06) Guarda-vidas, além da coordenadoria da Defesa Civil. A baleia Jubarte foi rebocada no final do dia por uma traineira, com apoio da Colônia de Pesca Z23 de Búzios.
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