Protesto de professores contra mudanças de benefícios gera tumulto e ação policial no Centro

O debate sobre o Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/24, que altera benefícios dos professores municipais do Rio de Janeiro, foi marcado por protestos intensos, tumulto e ação policial com bombas de gás e spray de pimenta nesta terça-feira (3).

Protestos no Centro do Rio

Centenas de professores se reuniram na Candelária e marcharam até a Câmara Municipal para tentar impedir a votação em primeira discussão. No local, por volta das 16h, três bombas de gás lacrimogêneo foram ouvidas, causando correria e acionamento de seguranças da Casa.

Manifestantes e servidores gritavam “resistir, resistir, até o PL cair”, “prefeito sem vergonha” e “covardes”.

Alguns manifestantes conseguiram acessar o plenário, protestando contra a presença de agentes supostamente à paisana da Polícia Militar.

Ação policial

De acordo com a Câmara, o acordo era permitir a entrada de professores até o limite de ocupação das galerias. Contudo, um grupo tentou forçar a entrada, o que levou à atuação de policiais do 5º BPM, do RECOM e do Batalhão de Choque, segundo nota da Secretaria de Estado de Polícia Militar.

Transporte

Em razão de manifestação da altura da Cinelândia, linhas 1 e 3 do VLT tiveram seus trajetos alterados por questão de segurança. Confira:

• L1 – Gentileza X Parada dos Museus;
• L3 – Santa Rita X T. Gentileza.

Linhas 2 e 4 circulam normalmente.

O que prevê o PLC 186/24?

Proposto pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), o projeto trata de mudanças significativas para os profissionais da educação, como a contagem da carga horária, o fim da licença especial e alterações na gestão do período de férias.

A iniciativa enfrenta forte resistência da categoria, que está em greve há mais de uma semana, mesmo após uma decisão judicial que determinou o retorno às atividades.

Assista ao vídeo do momento em que a PM usa bomba de efeito moral: