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Rio

Projeto retira mais de 1 tonelada de materiais recicláveis das areias de Itaúna

Etapa brasileira da World Surf League, em Saquarema, promove sustentabilidade no ano que o Rio de Janeiro sedia o G20

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Foto: Philippe Lima /Governo do Estado

“Um carnaval no meio do ano”, é assim que Denise de Oliveira, proprietária de lojas de açaí na cidade de Saquarema, na Região dos Lagos, descreve a etapa brasileira da World Surf League (WSL), o mundial de surfe realizado na praia de Itaúna, que acontece na cidade até este domingo (30/06). Com vendas triplicadas, Denise considera o campeonato a verdadeira alta temporada para o comércio local.

O evento, que conta com apoio de R$ 10,9 milhões por meio da Lei de Incentivo ao Esporte do Estado, também se destaca pelas ações sustentáveis realizadas ao longo da competição, todas alinhadas com ações ESG, sigla em inglês que corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. Apenas nos primeiros dias, foi recolhida 1 tonelada de materiais recicláveis por meio do Instituto EcoLocal, no ano que o Rio de Janeiro sedia o G20.

“A escolha do Rio para sediar o encontro das maiores economias do mundo coroa o bom momento do estado. Estamos avançando na agenda verde, com transição energética, reciclagem e limpeza de praias e rios. A WSL é mais um evento que coloca os olhos do mundo no Rio de Janeiro. Podemos dizer que somos o cartão postal do Brasil”, declarou o governador Cláudio Castro.

Assim como o copo plástico vendido na açaiteria da Denise, papéis, papelões, e até mesmo materiais sem reciclabilidade utilizados no torneio, ganham vida. Os resíduos são encaminhados para a unidade de triagem, na própria praia. O material é separado e descartado de maneira correta. Cem por centro do vidro, papel, e plástico, são reciclados. Já materiais sem reciclabilidade – como lonas e tecidos – passam por processo de compactação se transformando em mobiliários urbanos, que ficam de legado para a cidade após o evento. Este ano, o projeto pretende criar três pontos de ônibus.

“Desde o dia 22 de junho, já retiramos 1 tonelada de materiais recicláveis das areias de Itaúna. Nos anos anteriores fizemos bancos de praça, lixeiras, acessórios para surfe, com materiais sem reciclabilidade. Este ano vamos inovar, construindo pontos de ônibus. Importante frisar que os materiais recicláveis ficam na cooperativa local, gerando renda para o município”, contou Filipe Pedroso de Oliveira, gestor de resíduos do projeto.

Cuidado com os oceanos

A WSL é a primeira Liga entre todos os esportes existentes a criar uma campanha para proteção de 30% dos oceanos até 2030. A campanha chama-se We Are One Ocean, e foi idealizada pela WSL e WSL PURE (organização sem fins lucrativos originada nos escritórios da WSL). Atualmente, o Governo do Rio conta com cerca de 50 modalidades fomentadas pela Lei de Incentivo ao Esporte, com mais de 220 dias de atrações no calendário esportivo do estado.

Comerciantes lucram o dobro durante campeonato

Com a cidade lotada de fluminenses e turistas, comerciantes comemoram o evento e consideram a época mais lucrativa que o período do Natal, e até mesmo o Carnaval. André da Silva Cabral, de 29 anos, vende chá mate nas areias de Itaúna. As vendas que giram em torno de R$ 100 por dia, saltam para R$ 300 durante o Mundial de Surf, um aumento de 200%.

“Eu ganho muito dinheiro durante o campeonato. O evento me ajuda muito. Aqui ganho o meu pão de cada dia, e na época do surfe é quando faturo uma grana extra. Eu vendo mais no campeonato do que em outras épocas de praia, consigo lucrar mais que o dobro”, disse o vendedor ambulante.

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