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Educação

Privados de liberdade participam do 2º Exame de Qualificação do vestibular da UERJ

A busca de privados de liberdade pelos estudos é resultado de políticas públicas que têm por objetivo garantir o acesso de custodiados à educação

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(Foto: Divulgação)

O sonho de conquistar o diploma de nível superior pode se tornar realidade na vida de muitos privados de liberdade do sistema prisional fluminense. No último domingo (04/09), 734 custodiados, entre homens e mulheres, realizaram o 2º Exame de Qualificação da 1ª fase do vestibular da Uerj 2024.

Esse número aumenta se somarmos os 504 privados de liberdade que realizaram o 1º exame em 04/06, e também estão na expectativa pela aplicação da prova discursiva prevista para 03/12.

Distribuídos por 43 unidades prisionais, os candidatos inscritos na segunda prova do concurso responderam a 60 questões objetivas sobre as disciplinas de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.

O vestibular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) retornou ao seu formato tradicional, com duas aplicações do Exame de Qualificação, e uma aplicação do Exame Discursivo. A primeira etapa do processo seletivo consiste na aplicação de duas provas objetivas e independentes, ou seja, não são obrigatórias e o candidato pode optar por se inscrever apenas em uma ou realizar as duas e utilizar a maior nota para competir por uma vaga.

Educação e ressocialização

A busca de privados de liberdade pelos estudos é resultado de políticas públicas que têm por objetivo garantir o acesso de custodiados à educação, o que é garantido pela Lei de Execução Penal (nº 7.210/1984) . A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (SEAP), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc), busca aplicar as políticas educacionais de forma efetiva e eficiente. Atualmente, o sistema prisional fluminense conta com 21 unidades educacionais ((20 escolas e 1 anexo).

“A ressocialização dos privados de liberdade é uma das nossas principais missões, e é impossível falar sobre ressocialização, reintegração à sociedade, sem falar em educação. Recebemos com muita satisfação esses números, pois isso mostra que as políticas públicas estão dando resultado”, afirmou a Secretária de Estado de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebel.