Capital Fluminense
Prefeitura do Rio cobra esclarecimentos sobre cancelamento de festa de Yemanjá
Polícia Federal impediu a realização do evento no Centro da cidadeA Coordenadoria da Diversidade Religiosa, da Prefeitura do Rio, pretende se reunir com a Superintendência da Polícia Federal que impediu a realização de uma homenagem organizada pelos Filhos de Gandhi para Iemanjá, nesta quarta-feira (02), no Píer Mauá, na Zona Portuária do Rio.
O evento teve que ser transferido para Praça Quinze. Segundo os organizadores, os barcos que levavam flores e outras oferendas foram impedidos de atracar no Porto. A ação foi vista como mais um caso de intolerância religiosa.
Diante da acusação dos organizadores, o coordenador da Coordenadoria de Diversidade Religiosa, no Rio, o Babolorixá Márcio de Jagun, decidiu marcar uma reunião com representantes da Polícia Federal para esclarecer o que motivou a ordem de impedir a realização do evento no local.
“Nenhum cerceamento à liberdade de credo e culto pode ser concebida em um Estado laico. Nunca houve essa restrição nas festas tradicionais à Yemanja em nossa cidade. O Rio é diverso e é livre. Vamos nos reunir com a Polícia Federal, com urgência, para apurarmos e resolvermos essa questão.”, afirmou Márcio de Jagun.
Em nota, a Polícia Federal afirmou que na manhã desta quarta-feira (02), por ocasião da aproximação de duas embarcações na área do Porto Prganizado, alertou as tripulações que não é permitido o embarque e desembarque de passageiros naquele local, pois se trata de área restrita e de segurança de navios e instalações portuárias, conforme determina a legislação federal e o Código Internacional sobre o tema (ISPS Code), agindo portanto, em estrito cumprimento do dever legal.
Acrescente-se que, no momento, estava em curso uma operação de desembarque de carga sensível, com grande mobilização de órgãos federais e estaduais.
Conforme orientado aos coordenadores do evento, a área adequada para este tipo de atividade é o Cais da Praça XV.