Polícia mira parentes e amigos de traficantes que lucram com o crime

Para além dos líderes do tráfico de drogas no Complexo da Penha, as forças de segurança do Rio de Janeiro também já identificaram parentes e amigos que se beneficiam dos lucros do crime organizado na região. O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, indicou essas pessoas como próximos alvos de operações.

“Já sabemos quem são essas pessoas que são as beneficiárias do lucro obtido com esses roubos de veículos de carga, principalmente os parentes desses presos faccionados e os parentes dessas lideranças que fomentam e ordenam a prática desses roubos. Se vocês estão causando intranquilidade a toda a população do estado do Rio de Janeiro, nós também vamos causar intranquilidade para todos os beneficiários do esquema criminoso que vocês estão fomentando”, afirmou em entrevista coletiva na terça-feira (3).

Mais uma grande ação no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, foi realizada nesta terça-feira (3) para prender traficantes da facção Comando Vermelho, principalmente o alto escalão da hierarquia da organização criminosa.

O principal alvo da polícia era Edgar Alves de Andrade, de 54 anos, conhecido como Doca ou Urso. Ele integra o alto escalão da hierarquia do Comando Vermelho e tem uma longa lista de crimes. Na megaoperação de ontem no Complexo da Penha, 13 criminosos foram presos e quase dez toneladas de drogas foram apreendidas. A ação também deixou seis feridos.