Brasil
Polícia Federal faz operação contra o tráfico de drogas e armas
Em dois anos, a organização teria movimentado mais de R$ 2 bilhões com os crimesA Polícia Federal realiza nesta terça-feira (05) a Operação Balada, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas e de armas de grosso calibre e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, os investigados movimentaram mais de R$ 2 bilhões, em decorrência das atividades criminosas, nos últimos dois anos.
Cerca de 850 policiais federais cumprem 247 mandados de prisão e 249 mandados de busca e apreensão. A Justiça determinou o bloqueio de contas correntes dos envolvidos. A ação acontece nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo.
Segundo a PF, a organização operava um estruturado esquema de tráfico de drogas e preparava drogas para comercialização, com o uso de insumos químicos adquiridos por meio de empresas regularmente cadastradas. No período de sete meses, foram comprados, materiais capazes de manipular mais de 11 toneladas de cocaína.
A droga eram enviadas através dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, guardada no Triângulo Mineiro. Em seguida, os entorpecentes eram distribuídos para várias regiões do país, em especial para os estados de Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
As investigações revelaram, também, que o grupo atuava no tráfico ilegal de armas de fogo de grosso calibre. Durante as investigações, foi apreendido um carregamento de 8 fuzis e 14 pistolas, em março de 2020, na cidade de Uberlândia. O armamento comercializado pelo grupo era adquirido no Mato Grosso do Sul, transportado para Uberlândia, e, depois, enviado para grupos especializados no tráfico de drogas e roubos a banco, bem como a uma facção criminosa estabelecida no Rio de Janeiro.
Os investigados utilizavam veículos especialmente preparados para o transporte das armas, com o uso de batedores durante os deslocamentos.
Para despistar a polícia, a organização utilizava empresas de fachada e adquiriam postos de combustíveis, hotéis, fazendas, imóveis, veículos e embarcações de luxo.