Baixada Fluminense
Polícia Civil realiza operação contra 28 integrantes de facção criminosa da Baixada
De acordo com as investigações, os chefes dessas comunidades, além do tráfico de drogas, lucram com roubos de várias espécies.A Polícia Civil realiza nesta quarta-feira (18) a operação “Domínio Final” nas comunidades de Parada Angélica e Vila Sapê, no distrito de Imbariê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, contra integrantes de uma facção que atua nessas localidades. O objetivo é cumprir 28 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão.
A Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias utilizadas para lavagem de dinheiro. O Ministério Público do Estado do Rio, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, participam desta ação.
Até o momento, 13 mandados de prisão foram cumpridos. Destes, 7 já estavam presos e 6 foram realizados na manhã desta quarta. Entre os presos, está o Jamaica, considerado pela Polícia Civil o braço direito do traficante Playboy – contra ele também havia mandado de prisão, mas ele não foi localizado.
Através das escutas, que tiveram início há seis meses, a polícia acompanhou uma conversa do Playboy dizendo que matar policial não haveria problema.
“Quando a viatura entrou na comunidade, a liderança [Playboy] determinou: ‘se entrar de novo atira. Pode atirar que se policial morrer não dá nada’. Estas foram as palavras do Playboy”, disse o delegado Marcos Santana.
Polícia Civil (Foto: Divulgação / Polícia Civil)De acordo com as investigações, os chefes dessas comunidades, além do tráfico de drogas, lucram com roubos de várias espécies.
Por mês, o Ministério Público informou que Playboy movimentava R$ 2 milhões.
“Pegamos em escutas os traficantes afirmando que a semana estava sendo fechada em R$ 500 mil. É o que elas falam que conseguem faturar. Não só do tráfico de drogas, como também roubo de cargas, roubo de veículos, mas de toda a argamassa de crimes cometidos pela quadrilha”, finalizou Santana.
Já em Parada Angélica, existem dois chefes do tráfico de drogas. Os dois se alternam na venda das drogas semanalmente. As investigações apontam que eles – conhecidos como “Bola” e “Rex” – são os responsáveis por coordenar roubos de cargas na região.