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Câmara de Vereadores do Rio

Pela sexta vez, revogação de medalhas para irmãos Brazão é negada na Câmara de Vereadores

Sessão desta terça-feira (04) mais uma vez não registrou número mínimo de votantes

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Chiquinho e Domingos Brazão. Fotos: Divulgação

Em mais uma sessão na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, a medida que visava a revogação das medalhas Pedro Ernesto para Chiquinho e Domingos Brazão, ambos presos acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi negada.

Nesta terça-feira (04), 40 vereadores estiveram presentes, mas apenas 21 registraram voto. 18 votaram para que as honrarias fossem canceladas e dois se abstiveram. O presidente da casa é impedido regimentalmente de votar, mas soma na contagem geral.

Como são necessários pelo menos 26 votos, não houve quórum mínimo para avalizar a proposta. 

Após a sessão, que foi a sexta vez em que se tentou revogar as honrarias para os irmãos Brazão, a vereadora Mônica Benício (PSOL), viúva de Marielle, lamentou a postura dos vereadores que se recusaram a registrar o voto:

“Eu esperava que a Câmara Municipal pudesse repactuar com a sua história. Que pudesse com a revogação das medalhas para os irmãos Brazão fazer um pedido de desculpa à toda sociedade e à memória de Marielle e Anderson. Mas essa não é a prioridade da Câmara. É importante que a cidade do Rio de Janeiro esteja atenta ao que está acontecendo, porque é um ‘escracho’ da própria política”, contou.

O vereador Waldir Brazão (UNIÃO), que apesar de utilizar o mesmo sobrenome de Chiquinho e Domingos não é parente dos presos, definiu a votação como um “teatro” armado pelo PSOL:

“Na quinta-feira (06), vamos encerrar esse ‘teatro’ que é feito pelo PSOL, que quer colocar a gente (vereadores que não registraram voto) contra a população”, disse.

Depois da sexta tentativa de revogação das honrarias ser negada, a vereadora marcou para a próxima quinta-feira (06/06) mais uma sessão para o cancelamento das medalhas.