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Pela 3ª vez consecutiva, Prefeitura do Rio recebe reconhecimento como líder global em transparência e ação climática

Com o reconhecimento, o Rio se une a outras 121 cidades globais na chamada Lista A do CDP, sendo a única brasileira no grupo

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Pela 3ª vez consecutiva, Prefeitura do Rio recebe reconhecimento como líder global em transparência e ação climática
Pela 3ª vez consecutiva, Prefeitura do Rio recebe reconhecimento como líder global em transparência e ação climática

Com mais de duas décadas de trabalho no planejamento de ações e gerenciamento de dados no enfrentamento às mudanças climáticas, a Prefeitura do Rio recebe nesta quinta-feira (17), pelo terceiro ano consecutivo, o reconhecimento como líder global em ações e transparência climática, ganhando nota A do Carbon Disclosure Project (CDP), organização sem fins lucrativos com sede na Inglaterra. A entidade avalia as políticas implementadas por cidades e empresas no mundo.

Com o reconhecimento, o Rio se une a outras 121 cidades globais na chamada Lista A do CDP, sendo a única brasileira no grupo. Entre os projetos que ajudaram a cidade a manter a Lista A estão o Distrito de Baixa Emissão do plano urbano Reviver Centro, a criação de novas Unidades de Conservação na cidade e o modelo de Avaliação de Perigos de Deslizamento para Consciência Situacional (LHASA Rio), que monitora os riscos de deslizamentos de terra.

Para integrar o ranking do CDP, uma cidade precisa divulgar seus dados publicamente e possuir um inventário de emissões na escala comunitária, ter definido um objetivo de energias renováveis para o futuro e ter publicado um plano de ação climática. As cidades da Lista A lideram a ação climática, adotando o dobro das medidas de mitigação e adaptação do que cidades não incluídas. No Rio, é o Instituto Pereira Passos que compila, gerencia e reporta os dados da cidade ao CDP.

O Carbon Disclosure Project, responsável pela premiação, opera um sistema global de divulgação para que investidores, empresas, cidades, estados e regiões gerenciem seus impactos ambientais. A economia mundial considera o CDP o conjunto de dados mais rico e abrangente sobre ações corporativas e urbanas. Pela primeira vez, mais de 1000 cidades ao redor do globo receberam uma pontuação por sua atuação na questão climática. Das 122 cidades escolhidas Lista A, apenas oito se encontram na América Latina. O Rio de Janeiro é a única cidade do Brasil a receber o reconhecimento neste ano. A Lista A foi implementada em 2018.

“Um dos fatores que ajudaram a colocar o Rio na Lista A e a permanecer nesse grupo de cidades é a nossa meta de neutralizar as emissões de gases do efeito estufa na cidade até 2050. A meta faz parte do Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática da Prefeitura, que indica os compromissos da cidade na questão climática e outras agendas críticas de desenvolvimento nos próximos 30 anos”, afirma o prefeito Eduardo Paes.

O presidente do Instituto Pereira Passos, Carlos Alberto Peres Krykhtine, ressaltou a importância do comprometimento e da integridade das informações na confecção do relatório que levou a cidade à Lista A:

“É um orgulho para a Prefeitura e o Instituto Pereira Passos receber nota A de uma auditoria internacional tão respeitável como o CDP, ainda mais num assunto que nos é tão caro como o Meio Ambiente. Isso demonstra o esforço e a seriedade dos técnicos comprometidos com a integridade das informações”, disse.

Entre os projetos que ajudaram o Rio a manter o reconhecimento global está o Distrito de Baixa Emissão, previsto no Plano Urbano Reviver Centro, que consiste em uma área delimitada no Centro da cidade com o objetivo de implementar ações para a redução de emissões de gases de efeito estufa.

“O projeto de Distrito de Baixa Emissão, destaque deste ano, reforça o compromisso do município com o C40 em promover ruas verdes e saudáveis. É um projeto grande, que vai até 2030, e em que são mobilizados diferentes órgãos da Prefeitura para trabalhar na redução de gases de efeito estufa na região central da cidade”, conta Daniel Mancebo, coordenador geral do Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento.

A implantação do Distrito está alinhada ao Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática da Cidade do Rio de Janeiro (PDS) e ao Plano Estratégico 2021-2024. A iniciativa também integra o Programa Reviver Centro, que tem como objetivos a melhoria dos espaços públicos e a promoção do uso residencial no Centro do Rio.

“É importante ressaltar que a Cidade do Rio tem a preocupação em definir metas objetivas em relação à agenda climática. Isso permite que sejam promovidos bons projetos na área e que o monitoramento seja assertivo”, complementa Mancebo.

O reconhecimento reitera o esforço da Prefeitura em tornar a cidade mais sustentável e resiliente à mudança do clima. Nesse contexto, a Secretaria Municipal do Ambiente e Clima vem contribuindo com importantes programas e ações, como a criação, nos últimos dois anos, de 900 hectares de Unidades de Conservação de Proteção Integral e 5.900 hectares de Unidades de Conservação de Uso Sustentável; o programa Refloresta Rio, que em 36 anos plantou mais de 10 milhões de mudas, contribuindo para o aumento da cobertura verde da cidade e para a melhoria da qualidade de vida da população; e o programa Guardiões dos Rios, que atuou na remoção de mais de 7 mil metros cúbicos de resíduos sólidos de 44 cursos d’água, o que representa mais de 90 km de extensão em rios beneficiados, mobilizando mais de 280 mutirantes ao longo de 2021.

“A manutenção da nota só reforça o empenho do Rio em estar em conformidade com as metas internacionais pelo clima. E essa cultura começou na SMAC, ainda nos anos 2000, com a geração dos primeiros dados de emissão de gases de efeito estufa da cidade. São mais de 20 anos gerando dados de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, entre eles, os Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa e a Estratégia de Adaptação às Mudanças Climáticas da Cidade do Rio de Janeiro, primeiro estudo do tipo publicado no Brasil. É motivo de grande satisfação”, destacou o vice-prefeito e secretário do Ambiente e Clima, Nilton Caldeira.

Outra iniciativa que influenciou para a Nota A, foi o modelo de Avaliação de Perigos de Deslizamento para Consciência Situacional (LHASA Rio), realizado pelo IPP em parceria com a NASA, que monitora os riscos de deslizamentos de terra na cidade. O modelo é um exemplo de ação de adaptação climática para lidar com perigos já encontrados.

Também foi considerado o programa Luz Maravilha, resultado da implementação da Parceria Público Privada, por intermédio da RioLuz com a concessionária Smart Luz, que prevê a substituição de 450 mil luminárias por LED de todo o parque de iluminação pública do município até o fim de 2022.

A entidade também avaliou a qualidade e a transparência dos dados reportados. Neste quesito, o protagonismo do IPP na gestão das informações do município, compilando dados em parceria com os órgãos municipais, foi um destaque que ajudou a colocar o Rio na Lista A pelo terceiro ano seguido.

“O reconhecimento do CDP mostra a relevância da atuação da Prefeitura do Rio no enfrentamento às mudanças climáticas. Mostra também a importância da Prefeitura do Rio dispor de um órgão municipal como o IPP, focado na gestão de informações e conhecimento sobre a cidade, no monitoramento e avaliação das políticas públicas – perfil que se encaixa no papel de fazer o reporte climático ao CDP, como o IPP já faz desde 2016”, explica o coordenador de Informações da Cidade, Felipe Mandarino.