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Pai do menino Henry Borel presta depoimento durante audiência no Rio

Logo no começo da fala, Leniel não segurou as lágrimas e chorou bastante

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Imagem do Leniel Borel, pai do menino Henry
Foto: Diogo Sampaio/ Super Rádio Tupi
imagem do pai do menino Henry Borel

Foto: Diogo Sampaio/ Super Rádio Tupi

O pai de Henry Borel, Leniel Borel, prestou depoimento na primeira audiência de instrução da morte do garoto. Leniel foi a quarta testemunha a ser ouvida e iniciou o depoimento por volta das 18 horas.

Logo no começo da fala, ao dar um breve resumo da relação dele com o filho, Leniel não segurou as lágrimas e caiu em choro. Outro fato que chamou a atenção neste início, é o de tanto Leniel, quanto Monique Medeiros, mãe do garoto, evitarem constantemente o contato visual.

Leniel relatou a primeira conversa que ele teve com o Jairinho. O primeiro encontro de Jairinho e Leniel, onde houve essa conversa sobre os “abraços fortes”, aconteceu na segunda quinzena de janeiro. Em um determinado momento do depoimento, ele chegou a fazer uma cronologia desde o relacionamento com Monique, a descoberta da traição e separação.

Na primeira semana de fevereiro, após passar o sábado e o domingo com o pai, Henry pediu para não voltar para casa da mãe. E ao descobrir que a mãe tinha ido buscar ele, Henry teria agarrado um travesseiro e chorando implorou para não ir com ela. Somente após conversar com a avó, mãe de Monique, que ele cedeu.

Após este episódio, no dia seguinte, no primeiro dia de aula de Henry, Monique avisou Leniel que ele só poderia ver o filho de 15 em 15 dias, na companhia de um advogado. Na semana pré-carnaval, na quinta-feira, Henry teve a primeira sessão na psicóloga.

Na ocasião, Leniel foi barrado de entrar com o garoto e Monique é quem acompanhou o menino durante a sessão. No final de semana seguinte, já no Carnaval, Monique avisa para Leniel que Henry teria caído da cama.

Na terça-feira de carnaval, Leniel pede para Monique para buscar Henry na quarta-feira. Após a autorização, ele passa da quarta de cinzas até o domingo com o garoto na casa dos avós maternos em Bangu. Nestes cinco dias, Henry não relata nenhum agressão ou nada fora do normal para o pai.

Depois desses cinco dias, Leniel só volta a ver o filho no fim de semana de 27 e 28 de fevereiro. Na quarta-feira antes da morte, no dia 03 de março, Leniel conversa por telefone com Henry. Nesta conversa, o menino, que estava em Bangu, diz não querer voltar para casa da mãe e afirma que o “tio” (Jairinho) teria machucado ele.

Após a denúncia do menino, tanto a avó materna quanto a Monique tentaram botar panos quentes, pedindo para o Leniel “esquecer isso”. No sábado antes da morte, dia 06 de março, Leniel vai até o Majestic para buscar o filho. E assim que entra no carro com o pai, o garoto pede para não voltar mais para casa da mãe.

Leniel chorou muito ao relembrar o último vídeo que fez do filho, no domingo anterior a morte:

Monique Medeiros também chorou bastante com o relato do Leniel de como ele soube que o filho estava no Barra D’or. Leniel disse que foi informado pelas médicas do Barra D’or que o Henry já chegou morto no hospital.

Após a morte de Henry, Jairinho foi conversar com Leniel e aconselhou ele a seguir em frente, pois qualquer coisa “eles fazem outro filho”. Após o laudo preliminar do IML que Leniel percebeu que o filho não morreu por causas naturais.

Segundo Leniel, Monique lhe contou quatro versões diferentes da morte de Henry Borel. Leniel afirmou que se arrepende de não ter fugido do país com o Henry.

Ainda de acordo com Leniel, a gravidez de Henry não foi desejada, segundo ele Monique não queria ter filhos.