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Padrasto é preso após estuprar enteado de 2 anos e afogar menino para encobrir crime em Paty do Alferes

Thomas Pacheco dos Reis tentou mascarar a morte do menino o afogando com a mangueira do chuveiro

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Foto: Divulgação/PCERJ

A Polícia Civil prendeu neste sábado (26) um padrasto acusado de estuprar o enteado de dois anos e sete meses em Paty do Alferes, interior do estado do Rio. O menino morreu no mesmo dia no Hospital Municipal Luis Gonzaga, em Miguel Pereira. De acordo com as investigações, Thomas Pacheco dos Reis, de 19 anos, tentou encobrir o crime sexual afogando o menino com a mangueira do chuveiro.

O pequeno Pedro teve laceração no reto e sangramento abdominal, mas a causa da morte foi asfixia por afogamento. Thomas chegou ao hospital alegando que a criança havia se engasgado depois do almoço. Os médicos iniciaram as manobras de desobstrução das vias aéreas e nenhum alimento saiu, apenas uma grande quantidade de água. Em depoimento, uma testemunha afirmou que viu a porta do banheiro aberta, o padrasto ao lado do menino e a mangueira na boca da criança.

“A princípio, o padrasto levou a criança numa toalha até um vizinho, sem respirar, dizendo que a criança estava engasgada. Mas os técnicos do SAMU estranharam um sangramento anal na criança. A criança foi submetida a uma cirurgia, mas não resistiu”, disse o delegado Antonio Furtado da 88ª DP (Paty do Alferes).

Em depoimento, Thomas inicialmente manteve a versão do engasgo. Segundo o preso, o pequeno se sujou após o almoço e ele o levou para tomar banho. No banheiro, ele se engasgou. Depois, o padrasto mudou a versão e afirmou que o menino ficou 10 minutos sozinho no cômodo e, quando ele voltou, encontrou a criança se debatendo no chão e com uma escova de dentes no ânus. A perícia indicou que as lesões não são compatíveis com a versão do preso.

“Investigamos e descobrimos que o padastro abusou sexualmente da criança e para encobrir esse crime pegou a mangueirinha do chuveiro no box e introduziu na garganta da criança e fez com que ela morresse”, afirmou Furtado.

O padrasto se relacionava com a mãe da criança há um ano e, desde então, cuidava de Pedro e suas duas irmãs, de 5 e 7 anos, enquanto a mãe ia trabalhar. Thomas Pacheco dos Reis vai responder por estupro de vulnerável e homicídio qualificado contra menor de 14 anos, crime hediondo pela Lei Henry Borel. A pena pode chegar a 45 anos de prisão.

“A mãe da criança estava bastante abalada e disse que algumas pessoas já tinham alertado a ela que não era bom deixar os filhos pequenos com esse companheiro já que a relação seria recente, mas ela não desconfiou que pudesse acontecer o desfecho trágico que ocorreu. Eu conversei pessoalmente com ela, fiz o interrogatório e logo em seguida ela foi liberada”, concluiu o delegado.