Rio
Novelista Thelma Guedes é a embaixadora do ‘Cultura Sem Fronteiras’ no Brasil
Projeto reúne dicas e informações valiosas que estimulam a empatia para acolher os refugiados e migrantes em terras brasileiras, dando visibilidade às instituições que os acolhem
É importante buscar meios para combater a xenofobia no Brasil! Para contribuir com essa e outras questões o “Cultura Sem Fronteiras”, que tem como embaixadora a escritora e novelista Thelma Guedes, chega às redes sociais em sua segunda temporada. O projeto reúne dicas e informações valiosas que estimulam a empatia para acolher os refugiados e migrantes em terras brasileiras, dando visibilidade às instituições que os acolhem.
O lançamento nos dias 28 e 29 de janeiro, a partir das 17h pelo YouTube, inclui, entre outras novidades, apresentação do “E-book” e “Rodas de Conversa”, gravadas no Muhcab – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira. A realização é da Aloha Consultoria & Eventos e a idealização e curadoria de Ana Brites.
Para ela, o projeto “valoriza a bagagem cultural trazida pelos refugiados e migrantes que vivem no Brasil” e acrescenta: “É uma oportunidade de refletirmos sobre o aspecto multicultural de milhares de homens, mulheres e crianças, que foram forçados a deixarem suas casas, em busca de um local que possam chamar de lar”.
O projeto é multiplataforma como um storytelling e utiliza vários recursos interativos apresentando o tema: plataforma digital, vídeos, rodas de conversas, eventos, campanhas de doação e o livro “Refugiados e Migrantes – Gente como a Gente” na versão digital para democratizar o acesso.
E-book gratuito para saber sobre a causa humanitária
Thelma Guedes assina prefácio do livro digital e em seu texto mostra a preocupação com a causa dos refugiados e migrantes, inspiração para sua novela “Órfãos da Terra” (TV Globo/ 2019) em coautoria com Duca Rachid. Prêmio de Melhor Telenovela na 48º edição do Emmy Internacional:
“Ao mesmo tempo em que dá voz às pessoas que estão na condição de refugiadas no Brasil, o livro abre um importante espaço para que os leitores se informem com mais profundidade sobre as instituições sérias, avalizadas pela Acnur, que fazem o trabalho de acolhimento, mas que precisam também ser acolhidas e apoiadas por toda a nossa sociedade”.
Como as pessoas podem contribuir com essa causa humanitária? Como se tornar um voluntário? Como fazer uma doação? Todas essas respostas estão disponíveis no E-book que contém uma lista de instituições pelo Brasil que oferecem diversos serviços desde o acolhimento à capacitação.
_ O Livro “Refugiados e Migrantes – Gente como a Gente” é um passaporte que leva o leitor para um mundo que existe ‘bem debaixo do seu nariz’, cnvidando-o a conhecer de maneira lúdica e interativa a culinária, as tradições, costumes, arte e todos os aspectos culturais de cada uma das nacionalidades apresentadas” – explica Ana Brites.
A seguir, a curadora ressalta dois trechos do texto da autora de telenovelas:
“Como parte fundamental desse projeto, o livro ‘Refugiados e Migrantes – Gente como a Gente’, mais do que um simples livro, é uma celebração à vida. Ao tomar o leitor pela mão numa viagem afetuosa, ele constrói, a cada página, a cada imagem, a cada palavra, uma aproximação – reveladora e surpreendente – com essas mulheres, homens e crianças que vieram e continuam a vir para nosso país, procurando a possibilidade de reconstrução de suas vidas – muitos deles apenas com a roupa do corpo”.
“Apesar de virem de culturas tão diversas, temos a oportunidade de ver e sentir como essas pessoas se parecem conosco. E, apesar de terem passado por uma experiência tão terrível, não perderam, e não perderão nunca, suas referências. Por intermédio do livro, conhecemos suas receitas, suas memórias pessoais, narrativas de sua comunidade, seus desejos e sonhos, que são tão humanos…”.
Além disso, o internauta a qualquer hora poderá ter acesso a um rico intercâmbio cultural pelo site culturasemfronteiras.com, conhecendo os “Sabores da Terra” com receitas deliciosas; “Ritmos que encantam” apresenta a música e tradição; “Histórias sem Fronteiras”, quadro onde o espectador pode assistir histórias inspiradoras de superação
As exibições das “Rodas de Conversa”, assim como todas as apresentações, são permanentes no canal do projeto no YouTube (Cultura Sem Fronteiras) e conta com especialistas no assunto, focando em dois temas. No primeiro dia, “Empreendedorismo Cultural gerando Protagonistas Refugiados e Migrantes” e no segundo, “Direito dos Refugiados no Brasil”. Convidados: Cacau Vieira (diretora da Abraço Cultural e Representante do Núcleo de Educação e Cultura), Robert Montinard (cofundador da Mawon), Alexandre Velho, (Representante do Núcleo de Educação e Cultura da Abraço Cultural), Audrey Mandala (professor de francês e mediador da Abraço Cultural) e Hadi Bakkour (sírio, refugiado no Brasil e professor de árabe da Abraço Cultural).
A proposta é dar visibilidade para as Instituições que acolhem e apoiam o Ecossistema do Refúgio e Migração no Brasil, além de levar esperanças a essa população fazendo aflorar o empoderamento. Para isso, é preciso entender o que é a causa, desmistificando a ideia de que o refugiado é um fugitivo.
“Ele foi forçado a sair de sua terra natal, deixando para trás sua cultura, sua música, sua gastronomia… para viver em outro país, que nem sempre o acolhe como deveria. É preciso colocar-se no lugar do outro e acolher e agindo em prol da causa: seja como voluntário, doador ou multiplicador, o mais importante é partir para a ação e apoiar a quem precisa, e precisa muito”, explica Ana.
Não é de hoje que grande número de pessoas estão vivendo em países fora do seu local de nascimento e a cada dia aumenta o percentual de refugiados e migrantes no Brasil. Segundo informações do ACNUR/ ONU “pelo menos 89,3 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a deixar suas casas”.
Entre elas estão “quase 27,1 milhões de refugiados, cerca de metade dos quais têm menos de 18 anos”. “Entre janeiro e junho de 2022, o Brasil concedeu refúgio a 1.720 pessoas que buscam segurança fora de seu país de origem”. Atualmente com a crescente estagnação da economia global, os impulsos xenofóbicos se fortaleceram, criando condições cada vez mais difíceis para os migrantes e suas famílias.
“É preciso sobreviver para recomeçar em uma terra nova, com uma língua nova, um novo ofício, ou seja, são muitos desafios a serem vencidos, regados de muitas saudades, amizades e amores que ficaram para trás na sua terra natal”, finaliza.
O projeto Cultura Sem Fronteiras tem o incentivo da PC Service do Grupo Montreal, Protel Administradora, Frontier Serviços, Barlovento Brasil Energias Renováveis e Grupo Rian. Apoio da Abraço Cultural e da MAWON, além do Museu Histórico da Cultura Afro Brasileira – MUHCAB que fica na Gamboa, RJ, chamada também de “Pequena África”
SERVIÇO:
Lançamento da 2ª. Temporada do projeto Cultura Sem Fronteiras pelo YouTube no Canal Culturasemfronteiras.
Dias 28 e 29 de janeiro, sábado e domingo, a partir das 17h. Grátis.
· Ebook “Refugiados e Migrantes – Gente com a gente” com todas as informações, depoimentos, vídeos e lista de instituições. Para baixar: culturasemfronteiras.com/ebook
Rodas de Conversa (Talk shows) com a mediação de Ana Brites:
· Dia 28/1 – “Empreendedorismo Cultural Gerando Protagonistas Refugiados e Migrantes”
Convidados: Cacau Vieira (Diretora da Abraço Cultural e Representante do Núcleo de Educação e Cultura), Robert Montinard (cofundador da Mawon)
· Dia 29 /1 – “Direitos dos Refugiados e Migrantes no Brasil”
Convidados: Audrey Mandala e Alexandre Velho (Abraço Cultural)
Para finalizar a programação, exibição do poema “Somos Todos, Gente”. Os versos foram recitados por refugiados e migrantes de diversos países que moram no Brasil.
Assista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=pzKESxlml7A&t=4s