Rio
Nova lei de sacolas muda hábito dos cariocas nos mercados
Equipe do Tupi.FM visita supermercado e ouve sugestão para que sejam oferecidas gratuitamente sacolas biodegradáveisA reportagem do Tupi.FM foi até um supermercado em São Cristóvão, Zona Norte do Rio para saber como as pessoas têm reagido a mudança da utilização de sacolas plásticas. A partir desta quarta-feira já está em vigor a lei que proíbe a comercialização em todo o estado do Rio de Janeiro. Agora, os mercados são obrigados a oferecer gratuitamente duas sacolas biodegradáveis, produzidas com pelo menos 51% de fontes renováveis e, a partir da terceira unidade é cobrado um valor de R$ 0,08. A partir de janeiro, não haverá mais a gratuidade de duas sacolas e todas serão cobradas.
Com o objetivo reduzir a circulação de sacolas no estado, a importância da medida parece ter sido compreendida pela população. A auxiliar de serviços gerais e moradora da comunidade do Caju, Vera Lucia, de 60 anos, afirma que antes lei, já utilizava bolsas retornáveis.
“É muito importante por conta do meio ambiente, dos animais. E a gente que mora em comunidade, acaba descartando muitas sacolas com lixo na rua e prejudica a nós mesmos também”, ressalta.
Não é só a dona Vera que já tem esse hábito. A estudante chilena Javiera Rodriguez, de 23 anos, já veio morar no Rio com este costume. É que o Chile foi o primeiro país sul-americano a proibir sacolas de plástico em todos os estabelecimentos comerciais. Para ela, se adaptar a não utilizar o produto foi fácil.
“Fomos obrigados de um dia para o outro a não usar (sacolas plásticas) e as lojas não forneciam. A obrigação fez a gente ter mais consciência”, completa. Mas, algumas pessoas se incomodaram com o fato de ter que pagar pelas sacolas biodegradáveis.
Como é o caso do vendedor Yuri Pinheiro, de 22 anos, ele não sabia da lei e foi pego de surpresa na hora de pagar as compras. O jovem concorda que a medida é importante, mas reclamou do custo da sacola.
“Eu acho um absurdo ter que pagar pela unidade da sacola. Agora, quando eu vier ao supermercado vou passar a trazer as bolsas de casa”, afirma. Já o garçom Fábio José Guedes, de 43, afirma que a alternativa é válida, pois incentiva as pessoas a usarem sacolas retornáveis.
“Infelizmente, tem que doer no bolso do povo para fazer as coisas funcionarem, para dar certo”, opina.
Agora, a população terá que se adaptar a nova lei para que os impactos do plástico no meio ambiente sejam reduzidos.