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MPRJ denuncia duas pessoas por criarem campanha falsa para ajudar criança com câncer

A investigação apurou que na realidade os dois denunciados se apropriaram de publicações feitas tempos atrás por uma outra família

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Sede do Ministério Público, no Centro do Rio - Foto: Divulgação

 O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Ilha do Governador e Bonsucesso através do Promotor de Justiça Sauvei Lai, denunciou duas pessoas que realizaram uma “vaquinha” virtual fraudulenta de arrecadação de doações falsas para ajudar uma criança com câncer. O casal, Tainara Ribeiro Subtil e Luiz Antonio dos Santos Barbosa, responderão pelos crimes de falsificação e uso de documento falso.

A denúncia narra que Tainara e Luiz Antonio conseguiram gerar comoção pública após criarem um perfil falso em rede social, onde postaram fotos de uma criança, bem como de um documento médico falso que atestava ser a menina portadora de doença grave (câncer). Embora a criança exibida na campanha exista e seja doente, ela não tinha nenhum vínculo com os dois estelionatários, que recolheram para si todo o dinheiro arrecadado.  Ainda de acordo com o MPRJ, os denunciados são “criminosos habituais” e já  atuaram da mesma maneira fraudulenta em outros casos de crianças com câncer.

A promotoria ressalta que esse tipo de delito gera desprestígio de campanhas legítimas destinadas ao tratamento de pessoas com doenças graves, que, não raro, se amparam em sentimento de compaixão pública por não terem condições financeiras para prover medicamentos e procedimentos médicos necessários. Esse contexto, ainda segundo a promotoria, aumenta o potencial lesivo desse golpe, diferenciando -se das corriqueiras falsificações e fomentando a desconfiança do público sobre campanhas destinadas a fins lícitos e filantrópicos.

A investigação apurou que na realidade os dois denunciados se apropriaram de publicações feitas tempos atrás por uma outra família, que solicitou contribuições para o tratamento de uma criança realmente acometida de doença grave.

A denúncia foi recebida pelo Juízo da 27ª Vara Criminal da Comarca da Capital.