Rio
Moradores, comerciantes e veranistas reclamam por não poderem estacionar na orla praia de distritos de Mangaratiba
Todo o ano ficamos nesse impasse, já que nenhum aviso ou decreto do prefeito e divulgado com antecedência e acabamos com nossos carros multados e até rebocados
Mais um Carnaval chegando e os moradores, comerciantes e veranistas de Muriqui, na Costa Verde, aguardam um comunicado oficial do prefeito Alan Campos, para saberem se poderão continuar mantendo seus veículos estacionados em frente suas casas e apartamentos sem a surpresa de serem acordados com reboques na porta, como o ocorrido no réveillon do ano passado.
Todo o ano ficamos nesse impasse, já que nenhum aviso ou decreto do prefeito e divulgado com antecedência e acabamos com nossos carros multados e até rebocados.
Vale lembrar também que de acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de outubro de 2023, a guarda municipal exerce atividade de segurança pública exclusivamente relacionada à proteção de bens e serviços municipais, e não policiamento ostensivo ou investigativo desvinculado dessa atribuição; mas aqui na região vemos guardas municipais parando e pedindo documentação de carros e motos, isso e certo?”, indaga José Luís Silva, morador da região há mais de 35 anos.
José Luiz disse ainda que muitos proprietários e moradores são idosos ou deficientes, e por isso não tem sentido proibir o estacionamento em frente das residências, já que em anos anteriores durantes os festejos de Carnaval e Réveillon, os moradores da orla eram identificados através de conta de luz em seu nome e com um selo escrito “morador”.
“Muitos não possuem garagem e sempre estacionaram em frente de suas casa. Como irão fazer agora, já que foi autorizado apenas estacionar nas ruas antes da orla que ficam cerca de 500 metros de distância de algumas residências? E se os veículos forem roubados ou furtados, quem será responsabilizado? Para piorar a situação, os carros que entram para apenas deixar as pessoas são proibidos ou acabam sumariamente multados pela guarda municipal. Como pessoas com deficiência vão poder se locomover em caso de emergência?”, questiona José Luiz.