Moradora é baleada em ‘Operação Torniquete’ da Polícia Civil no Complexo do Lins

Policiais civis Delegacias de Roubos e Furtos de Automóveis e de Cargas (DRFA e DRFC), com apoio de diversas Delegacias Especializadas e da CORE, realizam nesta terça-feira (17), uma operação no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio. Na ocorrência, uma moradora foi atingida por um tiro de pistola disparado por criminosos contra os policiais.

Outros seis disparos atingiram o blindado. Ela foi socorrida por agentes da DRFA e encaminhada ao Hospital Marcílio Dias, onde passou por cirurgia.

A vítima, que ainda não teve a identidade revelada, foi encaminhada para o Hospital Naval Marcílio Dias, onde passou por cirurgia e tem quadro de saúde estável.

Dois tiros atingiram a torre da viatura e quatro os para-lamas dianteiros, mesma posição em que se encontrava a mulher. Estojos foram recolhidos no local, inclusive um projetil foi encontrado na lanterna do blindado.

Segundo a Polícia Civil, a operação é baseada em dados de investigação e de inteligência do DGPE, analisados conjuntamente com informações do Instituto de Segurança Pública (ISP) e da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil (SSINTE).

Até o momento, 11 pessoas foram presas por envolvimento em roubos de veículos, de cargas, receptação e clonagem de automóveis; e seis veículos foram recuperados.

De acordo com as investigações, o Complexo do Lins se tornou uma das bases operacionais de uma das maiores facções criminosas de traficantes do estado do Rio de Janeiro. A quadrilha fornece armamento pesado (fuzis, pistolas e granadas) para a prática de roubos de veículos e de cargas, cometidos em diversos bairros da capital e municípios da Região Metropolitana e da Baixada Fluminense.

Alguns desses crimes resultaram, inclusive, na morte de vítimas que, na maioria dos casos, sequer reagiram durante os assaltos. Um dos casos ocorreu no dia 27 de maio do ano passado, no bairro Méier, na Zona Norte. Durante um roubo de veículo, André Luís Monteiro de Almeida foi baleado pelos bandidos ao defender sua esposa, que tentava sair do carro.

Segundo os agentes, o produto desses assaltos (veículos e cargas) é levado para o Complexo do Lins e para outras comunidades dominadas pela mesma facção criminosa. As investigações revelam, ainda, que nessas regiões ocorrem diversos crimes, tais como:

– Armazenamento, transbordo e revenda das cargas roubadas para receptadores;
– Clonagem de veículos para posterior revenda ou troca por armas e drogas;
– Desmanche de carros para revenda de peças;
– Uso dos automóveis roubados pelas quadrilhas para deslocamento e cometimento de outros crimes;
– Cativeiro para realização de transferências via PIX; entre outros.