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Justiça

Misael e esposa prestam depoimento no julgamento dos acusados da morte do pastor Anderson do Carmo

No testemunho, Misael declarou que Flordelis tentou o responsabilizar como o mandante do assassinato de Anderson

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Um dos quatro filhos da filhos da ex-deputada federal Flordelis, Wagner Andrade Pimenta, o Misael, prestou depoimento na tarde desta terça-feira (23).  Ele é uma das testemunhas no  julgamento de Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza, acusados de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo.

Mais cedo, o advogado Reinaldo Pereira dos Santos, representante de Misael, conversou com a imprensa e falou das expectativas para o julgamento.

No testemunho, Misael declarou que Flordelis tentou o responsabilizar como o mandante do assassinato de Anderson do Carmo depois dele revelar para polícia mensagens que comprovariam a existência de um plano para matar o pastor.

Segundo Misael, as mensagens teriam sido escritas por Flordelis no tablet do próprio Anderson para ser enviadas a Lucas. Elas teriam sido descobertas pelo pastor, que mesmo sob ameaça, teria preferido não procurar a polícia por medo de criar um escândalo.

Luana Vedovi, esposa de Wagner Andrade Pimenta, o Misael, foi quarta testemunha a falar no julgamento de Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza.

No depoimento para o Tribunal do Júri, Luana confirmou um relato feito por Misael de que Flordelis teria quebrado o celular de Anderson do Carmo após o assassinato e jogado os restos do aparelho na Baia de Guanabara.

Já ao ser questionada sobre a declaração do marido de que Flávio teria confessado o crime para ele, Luana afirmou se lembrar apenas dele pedir desculpas para Misael.

A juíza ouviu oito testemunhas e dispensou as demais. Das ouvidas, apenas uma era de defesa (no caso do Lucas) e o restante era só acusação. Depois das testemunhas, houve a fase de interrogatórios.

Lucas manteve a versão que sim, ajudou Flávio a comprar a arma, mas não sabia para qual finalidade. Ele também confirmou que havia sido procurado por duas irmãs antes para matar Anderson do Carmo. Uma delas, a Marze, ofereceu 10 mil reais para ele fazer o serviço.

Quando chegou a vez de Flávio, ele avisou que só ia usar o direito de permanecer calado e a juíza encerrou o depoimento antes mesmo de começar.