Rio
Militar da Marinha é preso por operar drones com explosivos para facção no Rio
Polícia Federal prende militar da Marinha responsável por operar drones para facção criminosa no Rio
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta segunda-feira (16) um militar da Marinha acusado de operar drones para uma facção criminosa no Rio de Janeiro. Os drones estavam sendo usados para lançar granadas contra policiais, milicianos e grupos rivais. A prisão foi realizada durante a Operação Buzz Bomb, que também visava capturar o chefe da facção. A operação aconteceu na Vila Cruzeiro e no Complexo da Penha.
Como os drones são usados pelo crime organizado?
Os drones, que deveriam ser usados para monitoramento ou atividades recreativas, estão sendo transformados em armas nas mãos do crime organizado. Um dos casos mais graves ocorreu em fevereiro deste ano, quando traficantes usaram os aparelhos para lançar explosivos contra milicianos na Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio. Além disso, os drones também têm sido utilizados para monitorar operações policiais em áreas dominadas pela facção, como o Complexo da Penha.
Idosa baleada durante confronto
Durante o confronto entre policiais e criminosos na Vila Cruzeiro, uma idosa de 79 anos, identificada apenas como Tieta, foi baleada no braço. Ela foi socorrida e levada ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, onde recebeu atendimento médico e não corre risco de vida. Outras quatro pessoas foram atingidas por estilhaços e passam bem.
Investigação e mandados cumpridos
Além da prisão do militar da Marinha, que era responsável por pilotar os drones, a operação também cumpriu três mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. A 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio expediu as ordens judiciais, que incluem a prisão preventiva do chefe da facção criminosa.
Penas e desdobramentos
O militar preso e os demais envolvidos já foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) e poderão pegar até 14 anos de prisão por crimes de organização criminosa e posse de material explosivo.
Nome da operação
O nome Buzz Bomb foi escolhido em referência às bombas voadoras usadas pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, que faziam um som característico ao serem lançadas, semelhante ao barulho dos drones usados pelo crime organizado no Rio.