Milícia: Justiça decide manter prisão de Jerominho

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Durante audiência realizada nesta sexta-feira (28), no Tribunal de Justiça do Rio, a juíza Daniele Lima Pires Barbosa, determinou a transferência do ex-vereador Jerominho (Jerônimo Guimarães Filho) para estabelecimento penal semiaberto e negou o pedido da defesa pelo relaxamento da prisão. Ele foi preso na última quarta-feira (26).

Na decisão, a magistrada explicou que a Central de Audiência de Custódia (CEAC) não tem competência recursal ou revisora e que os juízes que atuam na unidade não estão designados para atuar na Vara de Execuções Penais ou nas Varas onde as decisões de prisão são proferidas e, por isso, não podem rever decisões de outros juízos ou analisar pedidos em substituição aos juízos naturais.

“Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO DEFENSIVO, que poderá ser reapreciado a critério do juízo natural.
Determino a transferência do preso para estabelecimento penal compatível com o determinado em sentença – semiaberto, caso não haja decisão/sentença/acórdão em outros autos fixando regime mais grave incompatível. Determino a transferência do preso para estabelecimento penal compatível com o determinado em sentença – semiaberto, caso não haja decisão/sentença/acórdão em outros autos fixando regime mais grave incompatível”, completou a magistrada.

Jerônimo foi detido, novamente, na tarde da último quinta-feira (27), por agentes da Polinter. A ação cumpriu um mandado de prisão por uma nova condenação de um crime cometido em 2005: extorsão majorada pelo emprego de arma de fogo.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontaram que Jerominho seria o líder da milícia “Liga da Justiça”, considerada a maior e mais conhecida do Rio de Janeiro, enquanto ocupava o cargo de vereador e o irmão, Natalino Guimarães, o de deputado estadual. O grupo criminoso era o responsável por práticas de vários crimes na região da Zona Oeste, tais como homicídios, extorsões, comércio irregular de água e gás, dentre outros.