Rio
Metade do mundo são mulheres, a outra metade são os filhos delas
Nossa repórter Tatiana Campbell, uma grande mulher, vai às ruas conhecer mulheres que servem de inspiração para declarações como a da pensadora Efu NyakiNesta terça-feira, dia 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher e a Super Rádio Tupi foi às ruas para conversar com mulheres que enfrentam o preconceito dentro do trabalho.
Você já deve ter ouvido a frase: “Metade do mundo são mulheres, a outra metade são os filhos delas”. A pensadora Efu Nyaki, professora e especialista em traumas e espiritualidade, talvez não imaginasse o que esta frase representaria nos dias de hoje.
A Vivian Gonçalves é frentista há 15 anos e fala que apesar de sempre ouvir piadas machistas, nunca pensou em desistir da profissão.
“Um trabalho que eu faço por puro amor. eu amo minha profissão, amo o que eu faço, mas ainda somos muito desrespeitadas. Ainda existe muito preconceito por nós sermos mulheres. Nós somos iguais aos homens. Dizem que mulher é um sexo frágil, com certeza não somos. Hoje em dia, esse trabalho de ser frentista não é só dos homens. Nós mulheres somos capazes de exercê-lo.”
Trabalhando em obras desde os 18, Letícia Caetano, 21, conta sobre o preconceito que passou quando começou a trabalhar na área.
“É meio complicado, no início, por eu ser mulher já ficam olhando torto, quando eu mostro meu serviço, melhora. Queria que isso acabasse, a mulher é tão boa quanto nas obras, temos que ter mais espaço”
Quem também já passou por momentos deliciados foi a guardadora Cleiene Florentina. Atualmente ela trabalha em um estacionamento que margeia a Avenida Dom Helder Câmara.
“Ja ouvi ‘lugar de mulher não é aqui não, voces não sabem dirigir, quanto mais estacionar’. A gente brinca, tenta dar uma volta, já falei uma vez: ‘querido nós conseguimos fazer várias coisas ao mesmo tempo, diferente de vocês’. Sempre temos que provar algo, hoje em dia tento levar na esportiva, se não é estresse toda semana”.
Num mundo ainda tão atrasado quando o assunto é o “sexo frágil”, a declaração da pensadora Efu Nyaki ecoa dentro de almas femininas. A luta da mulher não para e está longe de terminar. É preciso força, garra e determinação para seguir em frente empunhando a bandeira da igualdade, da Paz, do fim da violência e do respeito. Você que está lendo essa reportagem se não é uma mulher, é filho de uma, já diria Nyaki.