Médica que atendeu jovem envenenada pela madrasta será investigada por falso testemunho

A médica Maria Cecília Gonçalves, do Hospital Municipal Albert Schweitzer, será investigada pelo crime de falso testemunho. Ela teria omitido informações relacionadas à morte da jovem Fernanda Cabral, de 22 anos, que foi envenenada pela madrasta, Cláudia Mariano, na casa onde elas moravam, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

De acordo com as investigações, a médica não relatou à Polícia Civil de que havia indícios da presença de compostos de carbamato, que é o veneno de pulga, no intestino de Fernanda. Em depoimento, a médica disse que reportou o caso ao chefe para que o corpo fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal pra passar por perícia, mas a profissional foi desmentida pelo médico que liderava o plantão de serviço na unidade.

A delegacia de Bangu (33° DP), responsável pelo caso, concluiu que Cláudia Mariano assassinou a enteada e tentou envenenar o irmão dela, o adolescente Bruno Cabral, de 16 anos. Na ocasião, ele chegou a ser socorrido e passou uma limpeza estomacal. Após suspeitar de uma possível tentativa de homicídio, a Polícia Civil decidiu exumar o corpo de Fernanda e descobriu o mesmo composto no corpo da jovem.